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sexta-feira, 6 de junho de 2008

Noticias

O Vaticano aponta a reforma agrária e o favorecimento das populações rurais como a solução para a crise alimentar, noticiou esta quinta-feira a agência católica Ecclesia, noticia a Lusa.
A posição foi manifestada pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz, numa nota, por ocasião da cimeira sobre segurança alimentar da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em Roma (Itália).
«A questão da reforma agrária nos países em vias de desenvolvimento não pode ser descurada, para que se confira a propriedade da terra aos cidadãos e se favoreça assim o uso de milhares de hectares de terra cultivável», refere a nota, citada pela Ecclesia.
A Santa Sé considera que a escalada dos preços dos bens alimentares «poderia transformar-se numa oportunidade de crescimento para os países mais pobres do mundo», desde que as nações mais ricas se empenhem no seu «desenvolvimento agrícola».
O Conselho Pontifício Justiça e Paz revelou-se igualmente preocupado com a eventual redução da área de cultivo face à produção de biocombustíveis. «Não se pode pensar em diminuir a quantidade de produtos agrícolas destinados ao mercado de alimentos, ou às reservas de emergência, a favor de outros fins que, mesmo se pertinentes, não satisfazem um direito fundamental como o da alimentação», assinala a nota.
O Vaticano lamenta ainda a especulação financeira sobre as matérias-primas, pedindo a «regulação» de preços. From Iol diário

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, saudou esta quinta-feira a escolha de um candidato afro-americano às eleições presidenciais norte-americanas, mas manifestou-se «descontente» com as posições do democrata Barack Obama sobre a liberalização do comércio global, noticia a Lusa.
«É sem dúvida um momento histórico um afro-americano ser nomeado por um dos maiores partidos norte-americanos e tem um grande significado», saudou Barroso, numa conferência de imprensa em Londres, após um encontro com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.
«Todos saudamos isso porque representa algo que é importante para aqueles que estão empenhados nos princípios de não-discriminação», sustentou. Todavia, manifestou-se «descontente com algumas declarações feitas pelo candidato democrata sobre o comércio».
Obama: «Terminou uma jornada histórica e começa outra» Hillary vai apoiar Obama
Em causa estão as intenções declaradas do candidato democrata de reabrir negociações quanto ao Acordo Norte-Americano de Comércio Livre (NAFTA, no acrónimo inglês) para reforçar questões laborais e ambientais. Este acordo aboliu parte das tarifas na troca de produtos entre EUA, Canadá e México.
No seu programa, Obama prometeu também pressionar a Organização Mundial do Comércio para forçar os governos a suspenderem subsídios aos exportadores e outras barreiras não-tarifárias.
Pelo contrário, John McCain, o seu opositor republicano, tem sido mais liberal e favorável a um acordo para a liberalização do comércio. O presidente da Comissão Europeia exortou a uma discussão «aberta com os nossos amigos norte-americanos porque precisamos que os EUA estejam na linha da frente para uma economia aberta no mundo».
E no ambiente?
Já sobre as preocupações ambientais, Barroso elogiou os dois principais candidatos à Casa Branca. «Estou muito satisfeito por ouvir o que senador McCain e o senador Obama estão a dizer sobre a alteração climática porque vão na direcção que a União Europeia tem advogado há algum tempo», louvou.
Barroso acredita que existe uma «oportunidade real» para um acordo sobre as emissões climáticas, já que sem a oposição de Washington, outros países poderão ser convencidos a assinar. «Às vezes outros (países), noutras partes do mundo, escondem-se atrás dos EUA», lamentou.
O próximo ano foi, neste sentido, considerado «crucial» pelo primeiro-ministro britânico para chegar a um entendimento sobre as alterações climáticas. «Temos uma oportunidade para alcançar um acordo histórico», proclamou Gordon Brown.

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, vai discutir com o primeiro-ministro Wen Jiabao a repressão da China aos protestos no Tibete, durante a visita a Pequim esta semana, disse à Agência Lusa um diplomata europeu.
«É como ter uma vaca na sala de estar. Seria impossível Durão Barroso vir à China e não falar na questão tibetana», disse o diplomata, da representação da União Europeia (UE) na China, que pediu o anonimato por questões de protocolo.
Um comunicado da representação da UE em Pequim, que anuncia para os dias 24 e 25 de Abril a visita de Durão Barroso à China, diz também que no encontro com o primeiro-ministro chinês, «serão também discutidas as questões relacionadas com os direitos humanos e a liberdade de expressão».
«A Comissão Europeia (CE) sempre manteve um diálogo muito franco com a China sobre estes assuntos. Os recentes acontecimentos no Tibete são ainda mais uma razão para que se fale sobre eles», diz a nota de imprensa da UE.
Agenda com temas comerciais e ambientais
Para debater sobretudo temas comerciais e ambientais Barroso liderará uma equipa de nove comissários europeus na visita à China : Peter Mandelson, (Comércio), Benita Ferrero-Waldner (Relações Externas), Vladimir Spidla (Emprego e Assuntos Sociais), Janez Potocnik (Ciência e Investigação), Stavros Dimas (Ambiente), Andris Piebalgs (Energia), Louis Michel (Desenvolvimento e Ajuda Humanitária), László Kovács (Assuntos Fiscais e União Aduaneira) e Meglena Kuneva (Protecção do Consumidor).
Barroso e Wen vão também inaugurar um novo mecanismo de alto nível entre a UE e a China para discussão de temas comerciais e económicos, aprovado em Novembro de 2007 durante a 10ª Cimeira UE-China, à qual Portugal presidiu.
«Este mecanismo será uma nova ferramenta para resolver os problemas que as empresas europeias enfrentam quando se tentam estabelecer na China, em especial nos sectores do investimento, acessos ao mercado e protecção dos direitos de propriedade intelectual», refere a nota da delegação da EU na China.
Barroso e Wen Jiabao, segundo a CE, vão também dar início a um diálogo entre Bruxelas e Pequim para tratar de questões como o desenvolvimento sustentável e aquecimento global, uma vez que a China é já, segundo diversos estudos, o país do mundo que emite mais gases de efeitos estufa, causadores do aquecimento global

Pelo menos 40 pessoas foram detidas, 22 delas em Santiago do Chile, durante manifestações dos estudantes do secundário esta quinta-feira, referiu o vice-ministro do Interior, Felipe Harboe, refere o El País.
Os protestos ficaram marcados por fortes confrontos entre alunos e agentes da polícia, além de terem provocados danos em propriedades públicas e privadas.
Segundo o governante, cerca de oito mil jovens participaram nas manifestações e que 75 por cento dos professores das escolas públicas se associou à paralisação convocada pelo respectivo sindicato.
Estudantes e professores opõem-se à reforma da lei educativa do Governo de Michelle Bachelet. Os protestos unem-se aos dos camionistas que paralisaram 48 horas contra o aumento do preço dos combustíveis.

Mais de 250 mil crianças são traficadas no Brasil para prostituição, revela o relatório de Tráfico de Seres Humanos 2008 do Departamento de Estado norte-americano citado pela agência Lusa.
«A Polícia Federal brasileira estima que cerca de 250 mil crianças sejam traficas para prostituição, mas várias Organizações Não-Governamentais (ONG) afirmam que esse número sobe para 500 mil», lê-se no relatório.
De acordo com o documento, «entre 25 mil e 100 mil homens são sujeitos a trabalho escravo dentro do seu próprio país».
O relatório indica ainda que o Brasil é «um país fornecedor de mulheres e crianças traficadas, dentro do seu próprio território ou para o estrangeiro, para fins de exploração sexual, bem como um fornecedor de homens traficados internamente para trabalhos forçados».
A América do Sul, Caraíbas, Europa, Japão, Estados Unidos e Médio Oriente são os principais destinos das mulheres e crianças traficadas no Brasil, segundo o Departamento de Estado norte-americano.
2,5 milhões de pessoas vítimas de tráfico Pedófilos impedidos de trabalhar com crianças
O documento sublinha também que o turismo sexual de crianças continua a ser um problema sério, particularmente em áreas como o nordeste brasileiro.
O relatório critica o comportamento do Governo brasileiro, afirmando que «não respeita os requisitos mínimos para a eliminação do tráfico» de seres humanos.
«No entanto, está a fazer esforços significativos nesse sentido», reconhece.
O Departamento de Estado recomenda ao Brasil que crie legislação federal para criminalizar e punir todas as formas graves de tráfico de seres humanos, incluindo os trabalhos forçados e melhore a assistência e a protecção às vítimas, entre outros.
No relatório, os Estados Unidos mantiveram quatro dos seus principais aliados no Golfo Pérsico - Arábia Saudita, Kuwait, Qatar e Omã -, entre os 14 países que, segundo Washington, não contribuíram para a luta mundial contra o tráfico de seres humanos.
A par destes países, o Departamento de Estado norte-americano acrescentou, este ano, a esta lista negra as ilhas Fiji, a Moldova e a Papua Nova Guiné.
O documento reporta-se a dados entre Abril de 2007 e Março deste ano e analisou 170 países.

Manuel Alegre está cada vez mais afastado do PS e não o nega, admitindo mesmo que em 2009 pode não votar PS. «Depende. Se estiver no PS, em princípio sim». No programa Grande Entrevista, esta quinta-feira, na RTP, o deputado socialista disparou críticas ao Governo, ao PS e a alguns dirigentes, cujos comentários, Alegre considera serem uma «questão de higiene política e moral».
Tudo a propósito do comício das esquerdas, na qual participou na passada terça-feira, ao lado do Bloco de Esquerda e de alguns comunistas renovadores. O deputado José Lello e o presidente da distrital de Coimbra Vítor Baptista foram dois dos visados pelas respostas do socialista, mas José Sócrates também não foi poupado às apreciações políticas de Manuel Alegre sobre o estado do país.
O «Governo tem pouca sensibilidade social para o que se passa lá fora», atirou Alegre na entrevista a Judite Sousa, enquanto o «défice está consolidado. Mas isso é um fim em si mesmo? E as pessoas? E os sacrifícios que fazem os funcionários públicos? A classe média?».
O antigo candidato à Presidência da República admite que o Executivo promoveu algumas medidas, mas classifica-as de «paliativos». Pelo contrário, assegura, enquanto «há muita determinação em relação aos professores, juízes, funcionários públicos, forças armadas, não há mesma determinação em relação aos poderosos».
Promicuidade e corrupção
O deputado socialista foi bem mais longe e acusou «a política e os negócios» de «promiscuidade, falta de transparência e corrupção»: acusações que «minam o Estado e a confiança dos cidadãos». E «esse bloco de interesses exprime-se através do principais partidos, do PS e do PSD», admite, acrescentando que «a maneira como as pessoas saem do Governo para ocuparem lugares de gestores demonstra esse tal «bloco» central.

O deputado do PS recomendou esta quarta-feira a quem o criticou por ter participado no «comício das esquerdas» que «reflictam» sobre o que se passou e o entusiasmo que se sentiu.
«Eles que reflictam porque correu daquela maneira, porque se sentiu aquele entusiasmo e que tenham juízo, se puderem», disse Manuel Alegre, em declarações à Lusa.
Terça-feira à noite, no «comício das esquerdas», Manuel Alegre criticou a política económica do Governo PS por não ter resolvido o défice social e aconselhou «humildade» para solucionar os problemas do País.
Esta quinta-feira, ao longo do dia, vários socialistas criticaram não só a participação do deputado do PS no comício, como o seu discurso. Em declarações à Lusa, o porta-voz do PS, Vitalino Canas, classificou o comício como «uma realização crítica ao PS e ao Governo» sem propostas alternativas para combater a pobreza e a desigualdade.
«A conclusão que se pode tirar é que foi um comício mais de crítica do que de proposta construtiva e produtiva sobre questões de combate à pobreza e à desigualdade», referiu Vitalino Canas.
Por outro lado, o presidente da Federação Distrital de Coimbra do PS, Vítor Baptista, recomendou a Manuel Alegre que seja «solidário» e desafiou-o a candidatar-se à liderança socialista se considera que «falta esquerda» ao partido.
«Se diz que o Governo não é de esquerda, se acha que falta esquerda ao PS, candidate-se de novo e defenda as suas linhas políticas», afirmou Vítor Baptista à Lusa, recordando que «entre outros valores, o PS sempre defendeu a liberdade e solidariedade».
Parece estranho que às primeiras dificuldades de governação, quando o Governo e o PS precisam de acentuar o valor da solidariedade, constatamos precisamente o contrário», sublinhou.
Num registo igualmente crítico, o secretário nacional do PS, José Lello, acusou Manuel Alegre de ser «incongruente» por preferir juntar-se aos que querem derrotar os socialistas, em vez de debater no seio do partido, garantindo que aí «não há delito de opinião».
«Manuel Alegre comete a incongruência de preferir juntar-se àqueles que querem derrotar o partido. Quer o melhor de dois mundos: o benefício e a audição por ser do PS e depois quer ter uma posição fora do PS», afirmou José Lello, em declarações à Lusa.
José Lello criticou ainda a ausência do deputado socialista nas reuniões do partido, onde «não há delito de opinião».
«Manuel Alegre jamais se digna a vir às reuniões da comissão política ou às reuniões do grupo parlamentar afirmar as suas posições, debater no seio do partido».

A cantora Cher afirmou ter sido muito «apaixonada» por Tom Cruise durante o namoro dos dois, noticia o site Female First.
Cher afirmou que a breve relação com o actor durante a década de 1980 poderia ter sido um «lindo romance», não fossem os horários muito preenchidos de ambos.
«Eu era doida por ele. Ele era muito tímido. Podíamos ter tido um grande romance porque eu gostava muito dele», afirmou a cantora de «Believe».
A relação terminou passados alguns meses quando Tom Cruise conheceu a actriz Mimi Rogers com quem casou mais tarde.

A filha dos actores Tom Cruise e Katie Holmes, Suri, de apenas um ano, foi escolhida para ser a cara da linha infantil da marca de roupa Gap.
Os detalhes do contrato e o valor do cachet ainda estão a ser negociados, mas imagina-se que Tom e Katie irão fazer um belo negócio.

Katie Holmes confessou numa entrevista o momento em que conheceu o seu marido Tom Cruise: «Apaixonei-me por ele mal o vi, e desde então que tudo tem sido melhor e melhor».
«No instante em que me apaixonei por ele, foi como se todos os meus pensamentos tivessem parado por completo», explica a actriz à revista In Style, e garantiu que «todos os dias» tenta dizer ao seu marido que o ama, para que essa sensação nunca se apague.
Depois de muito tempo afastada do cinema, Katie Holmes esteve a participar no seu próximo filme «Mad Money». Confessa que não decidiu trabalhar mais cedo para acompanhar a sua filha Suri e não por ordem do seu marido, como alguns rumores sugeriram.
Segundo conta na entrevista, ser mãe é o mais importante para a actriz, e por isso não põe de lado a hipotese de ter mais filhos.
Uma das razões que leva Holmes a desejar ter mais filhos é o facto de Tom Cruise a ter tratado muito bem na primeira gravidez: «Não consigo imaginar um homem mais paciente que ele. Esteve ao meu lado em todos os momentos».

Mais de metade das famílias (54,2 por cento), em Portugal, viveram numa situação vulnerável à pobreza, pelo menos durante um ano, no período entre 1995 e 2000, revela o estudo «Um Olhar Sobre a Pobreza em Portugal», coordenado por Alfredo Bruto da Costa, no Centro de Estudos para a Intervenção Social (Cesis).
Segundo as conclusões do referido trabalho, citado pelo Público, 49,7 por cento da população que viveu em situação de pobreza durante, pelo menos um ano, trabalhava e o salário era a principal fonte de rendimento.
Portugal é o país de maiores desigualdades sociais
A «ineficácia» dos programas de combate à pobreza é um dado realçado pelo estudo. A prová-lo está o facto de, entre 1995 e 2000, mais de metade das famílias pobres (54 por cento) ter-se mantido nessa situação durante três ou mais anos.
O estudo definiu que um rendimento mensal de 388 euros, durante 12 meses, leva a que uma família seja considerada pobre.
12 por cento sem banheira ou chuveiro
Além do baixo rendimento, a linha de pobreza avalia-se também pelos níveis de privação: 61 por cento dos pobres não têm condições para manter a casa quente, 12 por cento não têm banheira ou chuveiro, e dez por cento não têm sequer uma retrete.
A ausência de telefone ou a localização da casa numa zona degradada, com lixo, leva os autores do estudo a concluírem que perto de 40 por cento da população portuguesa evidenciava, em 2004, alguma forma de privação.
Em matéria de privações, também os não pobres, são afectados, com 18,3 da população a confrontar-se com falta de dinheiro para chegar ao fim do mês.
População vê pobreza como uma «fatalidade»
Uma das conclusões mais gravosas para o país é a de que «a sociedade portuguesa não está preparada para apoiar as medidas necessárias para um verdadeiro combate à pobreza». Tudo porque a opinião pública acredita que a pobreza resulta do «enfraquecimento da responsabilidade individual», da preguiça dos pobres e crê ainda no fatalismo desta condição.

O número de pedidos de auxílio alimentar solicitado por famílias do grande Porto tem crescido de «forma significativa nos últimos tempos», disse à Lusa Marco António, da Legião da Boa Vontade (LBV). Esta instituição distribui mensalmente cem cabazes com bens alimentares, mas tem havido muitos pedidos a que não tem sido possível responder, afirmou o mesmo responsável.
«Temos colocado mais bens em cada cesta, mas não temos possibilidade de aumentar o número de cabazes», frisou. Contudo, realçou, «em situações excepcionais recorremos ao cabaz de emergência, que em vez dos 24 quilos habituais contém apenas 12/13 quilos de bens alimentares».
«Recebemos casos muito difíceis, em particular de casais em que estão ambos desempregados», sublinhou. Marco António disse à Lusa que a instituição já ponderou alargar o número de famílias que apoia mensalmente, mas teve de recuar nessa sua intenção. «A crise nota-se também nas campanhas de recolha de bens que temos realizado», disse.
Pobreza envergonhada no Algarve
A pobreza envergonhada, ou seja, pessoas que tiveram no passado um estilo de vida elevado e perderam o nível de vida devido ao desemprego, excessivo endividamento ou outro problema são algumas das causas do aumento de pobres no Algarve. Em declarações à Lusa o presidente da Cáritas no Algarve, Carlos Oliveira, salienta que vai redobrar a atenção «para novos casos de pobreza» ou «agravamento de situações precárias».
«Temos de reforçar o nosso trabalho nas ajudas que estamos a dar, nomeadamente na ajuda medicamentosa, comida ou pagamento de casa, água e luz», considerou Carlos Oliveira. A Cáritas identificou no Algarve, nos últimos anos, 1.500 famílias a necessitar de ajuda, ou seja entre «três mil a quatro mil pessoas pobres» e precisam de apoio alimentar, ou ajuda medicamentosa, ou ajuda para pagar a casa, luz e água.
Beja: 565 famílias recebem ajuda alimentar
Em Beja, a Cáritas Diocesana distribui géneros alimentares a 565 famílias carenciadas e alimenta cerca de 35 pessoas por dia para aliviar as carências «substanciais e preocupantes» no concelho, onde os pedidos de ajuda têm aumentado, disse à Lusa a presidente da instituição, Teresa Chaves.
Os géneros alimentares, excedentes da União Europeia (UE) e provenientes das recolhas do Banco Alimentar, são distribuídos sobretudo por famílias numerosas e monoparentais ou em situações de desemprego ou baixos rendimentos. «Há casos de famílias que ficam com muito pouco ou até mesmo sem dinheiro para comprar alimentos depois de pagar despesas fixas», como a prestação da casa ou as contas de electricidade, água e gás, exemplificou a responsável.
«As situações de carência e os pedidos de ajuda têm aumentado», frisou Teresa Chaves, explicando que, «ultimamente, famílias que não fazem parte da lista de beneficiários dos excedentes da UE têm procurado a Cáritas a pedir ajuda e alimentos pela primeira vez».
Não há «pobreza miserável», mas famílias estão aflitas
O responsável pela Caritas Diocesana do Funchal afirma que deixou de existir a «pobreza miserável» na Madeira, mas que o número de pessoas em dificuldades financeiras vai agravar-se se persistir a escalada no aumento dos preços. Ainda assim, disse à agência Lusa José Manuel Barbeito, «ninguém de bom senso nega que existe pobreza, sobretudo consequência do desenvolvimento que levou a que uma franja da sociedade tenha ficado mais marginalizada».
O responsável da Cáritas fala ainda do crescimento de casos de pessoas em «situação aflitiva» por causa do endividamento, provocado pela evolução das taxas de juro com a habitação e aquisição de bens para lar. Esta instituição apoia mais de 300 agregados familiares, principalmente no Funchal, Câmara de Lobos e Santa Cruz.

Um anúncio publicitário polémico francês que afirma que «os pobres são asquerosos: contaminam» e exige o direito a um carro limpo para todos foi condenado sexta-feira pela entidade reguladora do sector, que determinou o fim da campanha.
O Departamento de Verificação de Publicidade francês considerou que o anúncio viola os princípios deontológicos e profissionais.
O anunciante é uma empresa de aluguer de viaturas, a Ucar, cujo responsável alegou que pretendia promover um debate público, já que o governo se propõe adoptar leis de preservação do ambiente apesar de «não se fazer nada» contra o envelhecimento do parque automóvel, causador de emissões de gases poluentes.
Para a entidade reguladora do sector publicitário, a afirmação «os pobres contaminam» viola os princípios deontológicos que proíbem «atentar contra a dignidade humana» e recorrer a estereótipos «degradantes» e insulta uma parte da população.
Além disso, foi considerada inaceitável a expressão «carro limpo», que pode levar a pensar que uma viatura nova é inofensiva para o meio ambiente.

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