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sexta-feira, 6 de junho de 2008

Literatura Filosofia Política

Chegada a noite, volto a casa e entro no meu escritório; e, na porta, dispo a roupa quotidiana, cheia de lama e de lodo, e visto trajes reais e solenes; e, vestido assim decentemente, entro nas antigas cortes dos homens antigos, onde, recebido amavelmente por eles, me alimento da comida que é só minha, e para a qual nasci; onde eu não me envergonho de falar com eles e de perguntar-lhes as razões das suas acções. E eles com a sua bondade respondem-me; e, durante quatro horas, não sinto tédio nenhum, esqueço-me de toda a ansiedade, não temo a pobreza, nem a morte me assusta: transfiro para eles todo o meu ser. Nicolo Maquiavel, in 'Carta a Francesco Vettori'

Uma guerra é justa quando é necessária

Tornamo-nos odiados tanto fazendo o bem como fazendo o mal

Onde há uma vontade forte, não pode haver grandes dificuldades

Os homens hesitam menos em ofender quem se faz amar do que em ofender quem se faz temer; porque o amor é mantido por um vínculo de obrigação que, por serem os homens pérfidos, é rompido por qualquer ocasião em benefício próprio; mas o temor é mantido por um medo de punição que não abandona jamais
Fonte: "O Príncipe"


Quanto mais próximo o homem estiver de um desejo, mais o deseja; e se não consegue realizá-lo, maior dor sente
Fonte: "Clizia"


Julgo poder ser verdadeiro o facto de a sorte ser árbitro de metade das nossas acções, mas que, mesmo assim, ela permite-nos governar a outra metade ou parte dela
Fonte: "O Príncipe"


Estou convencido de que é melhor ser impetuoso do que circunspecto, porque a sorte é como a mulher; e, para dominá-la, é necessário bater nela e contrariá-la
Fonte: "O Príncipe"


Os homens devem ser adulados ou destruídos, pois podem vingar-se das ofensas leves, não das graves; de modo que a ofensa que se faz ao homem deve ser de tal ordem que não se tema a vingança
Fonte: "O Príncipe"


Precisando, portanto, um príncipe, de saber utilizar bem o animal, deve tomar como exemplo a raposa e o leão: pois o leão não é capaz de se defender das armadilhas, assim como a raposa não sabe defender-se dos lobos

Quem se torna senhor de uma cidade habituada a viver em liberdade e não a destrói, espere para ser destruído por ela
Fonte: "O Príncipe"


As injúrias devem ser feitas todas de uma só vez, a fim de que, saboreando-as menos, ofendam menos: e os benefícios devem ser feitos pouco a pouco, a fim de que sejam mais bem saboreados
Fonte: "O Príncipe"


Os que vencem, não importa como vençam, nunca conquistam a vergonha

Os homens esquecem mais rapidamente a morte do pai do que a perda do património

Quem seja a causa de alguém se tornar poderoso, desgraça-se a si próprio: pois esse poder é produzido por si quer através de engenho quer de força; e ambos são suspeitos para aquele que subiu à posição de poder

O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta

Eu creio que um dos princípios essenciais da sabedoria é o de se abster das ameaças verbais ou insultos

Toda a acção é designada em termos do fim que procura atingir

Todos os profetas armados venceram, e os desarmados foram destruídos

Dizem a verdade aqueles que afirmam que as más companhias conduzem os homens à forca
Fonte: "A Mandrágora"


Quando um homem é bom amigo, também tem amigos bons

Os homens prudentes sabem sempre tirar proveito dos actos a que a necessidade os constrangeu

Os preconceitos têm mais raízes do que os princípios

Todos vêem o que pareces, poucos percebem o que és

O fim justifica os meios

Não é a violência que restaura, mas a violência que arruína que é preciso condenar

Niccolo Maquiavel Itália[1469-1527]Filósofo/Escritor/Político

O segredo dos casais que permanecem juntos para lá da fase em que a atracção sexual vence todas as dificuldades, em que o objecto desejado exerce sobre o outro um apelo irresistível, é uma boa complementariedade.
Autor: António Saraiva , José Tema: Casamento Fonte: Tabu (Sol) Data: 20080531


Os casais que funcionam bem são os que se complementam nas diferenças. Não os que têm feitios iguais, mas os que têm feitios que encaixam. Não os que têm os mesmos interesses, mas os que têm interesses que se completam. Não os que fazem as mesmas coisas em casa, mas os que repartem as tarefas de acordo com o que gostam mais de fazer e o que fazem melhor.
Autor: António Saraiva , José Tema: Casamento Fonte: Tabu (Sol) Data: 20080531

A terra mais ocidental de todas é a Lusitânia. E porque se chama Ocidente aquela parte do mundo? Porventura porque vivem ali menos, ou morrem mais os homens? Não; senão porque ali vão morrer, ali acabam, ali se sepultam e se escondem todas as luzes do firmamento. Sai no Oriente o Sol com o dia coroado de raios, como Rei e fonte da Luz: sai a Lua e as Estrelas com a noite, como tochas acesas e cintilantes contra a escuridade das trevas, sobem por sua ordem ao Zénite, dão volta ao globo do mundo resplandecendo sempre e alumiando terras e mares; mas em chegando aos Horizontes da Lusitânia, ali se afogam os raios, ali se sepultam os resplendores, ali desaparece e perece toda aquela pompa de luzes. E se isto sucede aos lumes celestes e imortais; que nos lastimamos, Senhores, de ler os mesmos exemplos nas nossas Histórias? Que foi um Afonso de Albuquerque no Oriente? Que foi um Duarte Pacheco? Que foi um D. João de Castro? Que foi um Nuno da Cunha, e tantos outros Heróis famosos, senão uns Astros e Planetas lucidíssimos, que assim como alumiaram com estupendo resplendor aquele glorioso século, assim escurecerão todos os passados? Cada um era na gravidade do aspecto um Saturno, no valor militar um Marte, na prudência e diligência um Mercúrio, na altiveza e magnanimidade um Júpiter, na Fé, e na Religião, e no zelo de a propagar e estender entre aquelas vastíssimas Gentilidades, um Sol. Mas depois de voarem nas asas da fama por todo o mundo estes Astros, ou indígetes da nossa Nação, onde foram parar, quando chegaram a ela? Um vereis privado com infâmia de governo, outro preso, e morto em um Hospital, outro retirado e mudo em um deserto, e o melhor livrado de todos, o que se mandou sepultar nas ondas do Oceano, encomendando aos ventos levassem à sua Pátria as últimas vozes, com que dela se despedia: Ingrata patria non possidebis ossa mea. Vede agora se eu tinha razão para dizer, que é natureza ou má condição da nossa Lusitânia não poder consentir que luzam os que nascem nela. E vede também se podia Santo António deixar de deixar a Pátria, sendo filho de uma terra onde não se consente o luzir, e tendo-lhe mandado Cristo que luzisse: Sic luccat lux vestra. Padre António Vieira, in "Sermões" Data: 2008/06/06 09:00 >>> Comentar / Ver Comentários >>> Ler Mais Reflexões deste Autor

O oportunismo é, porventura, a mais poderosa de todas as tentações; quem reflectiu sobre um problema e lhe encontrou solução é levado a querer realizá-la, mesmo que para isso se tenha de afastar um pouco de mais rígidas regras de moral; e a gravidade do perigo é tanto maior quanto é certo que se não é movido por um lado inferior do espírito, mas quase sempre pelo amor das grandes ideias, pela generosidade, pelo desejo de um grupo humano mais culto e mais feliz. Por outra parte, é muito difícil lutar contra uma tendência que anda inerente ao homem, à sua pequenez, à sua fragilidade ante o universo e que rompe através dos raciocínios mais fortes e das almas mais bem apetrechadas: não damos ao futuro toda a extensão que ele realmente comporta, supomos que o progresso se detém amanhã e que é neste mesmo momento, embora transigindo, embora feridos de incoerência, que temos de lançar o grão à terra e de puxar o caule verde para que a planta se erga mais depressa.

Nós não nos damos conta de como a arte nos trespassa de todo o lado. Anotar isso aos que vaticinam a morte da arte. Isto ao nível mais corriqueiro. Dispor os móveis numa sala é fazer arte. Ou olhar uma paisagem, pôr uma flor na lapela, ou num vaso. Escolher uma gravata, uns sapatos. Provar um fato. Pentear-se. Fazer a barba ou apará-la quando comprida. Todas as coisas de cerimónia têm que ver com a arte. E o corte das unhas. Todo o jogo. Toda a verdade que releva da emoção. Às vezes mesmo a escolha do papel higiénico. Mas mesmo a desordem. Bergson, creio, dizia que se tudo fosse desordenado, nós acabaríamos por ler aí uma ordem. E não é o que fazemos ao inventarmos as constelações? Admitir a morte da arte é admitir a morte do homem, que impõe essa arte a tudo o que vê. Mas tenho de ir à casa de banho. A ver se invento arte mesmo aí. (Mas quando disse «casa de banho» e não «retrete», já a inventei.) Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 3'
Estão cheias as livrarias de todo o mundo de livros que ensinam a vencer. Muitos deles contêm indicações interessantes, por vezes aproveitáveis. Quase todos se reportam particularmente ao êxito material, o que é explicável, pois é esse o que supremamente interessa a grande maioria dos homens. A ciência de vencer é, contudo, facílima de expor; em aplicá-la, ou não, é que está o segredo do êxito ou a explicação da falta dele. Para vencer - material ou imaterialmente - três coisas definíveis são precisas: saber trabalhar, aproveitar oportunidades, e criar relações. O resto pertence ao elemento indefinível, mas real, a que, à falta de melhor nome, se chama sorte. Não é o trabalho, mas o saber trabalhar, que é o segredo do êxito no trabalho. Saber trabalhar quer dizer: não fazer um esforço inútil, persistir no esforço até o fim, e saber reconstruir uma orientação quando se verificou que ela era, ou se tornou, errada. Aproveitar oportunidades quer dizer não só não as perder, mas também achá-las. Criar relações tem dois sentidos - um para a vida material, outro para a vida mental. Na vida material a expressão tem o seu sentido directo. Na vida mental significa criar cultura. A história não regista um grande triunfador material isolado, nem um grande triunfador mental inculto. Da simples "vontade" vivem só os pequenos comerciantes; da simples "inspiração" vivem só os pequenos poetas. A lei é uma para todos. Fernando Pessoa, in 'Teoria e Prática do Comércio'
Quando se é demasiado jovem, não se julga bem; demasiado velho, o mesmo. Se não se pensa nisso o suficiente, se se pensa demais, teimamos, e encasquetamo-nos. Se se considera a própria obra logo depois de se ter feito, está-se ainda muito preso a ela, se muito tempo depois, não se entra mais nela. Assim os quadros vistos de longe demais e de perto demais; e há apenas um ponto indivisível que é o verdadeiro lugar: os outros estão demasiado perto, demasiado longe, demasiado alto, demasiado baixo. A perspectiva marca-o na arte da pintura. Mas na verdade e na moral, quem o marcará? Blaise Pascal, in "Pensamentos"
Quando os estados que se conquistam têm a tradição de viver segundo as suas leis e em liberdade, para a sua conservação existem três opções: a primeira é a sua destruição; a segunda é ir para lá viver o príncipe conquistador; e a terceira consiste em deixá-los viver de acordo com as suas leis, mas exigindo-lhes um tributo e criando no seu seio uma oligarquia que vos garanta a sua fidelidade. Porque, sendo este novo poder uma criação daquele príncipe, sabem os seus mandatários que não podem sobreviver sem a sua amizade e apoio, tudo havendo de fazer para manter o novo regime. E mais facilmente se conserva uma cidade habituada a viver livre através do consenso dos seus cidadãos do que de qualquer outro modo.
(...) Na verdade, o único modo seguro de conservar uma cidade conquistada é a sua destruição. Quem se torna senhor de uma cidade habituada a viver livre e a não desfaça, pode preparar-se para ser por ela desfeito, porque sempre encontrarão grande receptividade no seio da rebelião a recordação da liberdade e das antigas instituições, as quais nem pela acção do tempo nem pela concessão de benesses se apagarão da sua memória. O que quer que se faça ou se disponha, se não se dividirem e dispersarem os habitantes, fará reviver a ideia de liberdade e a antiga ordem, pois logo as evocam a cada incidente que ocorra. (...) No entanto, quando as cidades estão acostumadas a viver sob o domínio de um príncipe e o seu sangue tenha sido extinto, verifica-se que os habitantes - habituados a obedecer, não existindo mais o antigo príncipe nem logrando um acordo para escolher outro - não sabem viver em liberdade, de modo que são mais demorados a pegar em armas, pelo que um príncipe mais facilmente os conseguirá aliciar e conquistar a sua confiança. Mas nas repúblicas há mais vitalidade, mais ódio, mais desejo de vingança, o que não permitirá que os seus cidadãos apaguem a memória da antiga liberdade. De modo que a maneira mais segura de as dominar é destruí-las ou ir para lá residir. Nicolo Maquiavel, in 'O Príncipe'


Não quero deixar de abordar uma questão que reputo de importante e um erro do qual os principes com dificuldade se guardam, se não são prudentes ou se não têm cuidado nas escolhas que fazem. Trata-se dos aduladores, espécie de que as cortes se encontram cheias. É que os homens comprazem-se de tal modo com as coisas que lhes dizem respeito e de um modo tão ilusório, que só muito dificilmente se precavem contra esta peste. E querendo precaver-se, corre o risco de se tornar desprezível. Porque não tendes outro modo de vos protegerdes da adulação a não ser logrando convencer os outros homens de que vos não ofendem dizendo a verdade. Todavia, quando alguém vos diz a verdade, sentis a falta da reverência.
Consequentemente, um príncipe prudente deve dispor de uma terceira via, escolhendo no seu estado homens sábios, devendo só a esses conceder livre arbítrio para lhe falarem verdade. E, apenas, sobre as coisas que lhes perguntardes, não de outras. Mas deve fazer perguntas sobre todas as coisas, ouvir as suas opiniões e, depois, decidir por si próprio, a seu modo. E com estes conselhos e com cada um dos conselheiros, portar-se de maneira que cada um deles perceba que, quanto mais livremente falar, tanto mais será pelo príncipe bem aceite. Fora disto, não dar ouvidos a ninguém, cumprindo com determinação as suas deliberações. Quem procede de maneira diferente, ou se deixa perder nas mãos dos aduladores ou está constantemente a mudar de opinião, conforme os pareceres que ouve, empobrecendo a estima que lhe é tributada. Nicolo Maquiavel, in 'O Príncipe'


Não existe república, qualquer que seja a maneira como é governada, onde haja mais de quarenta a cinquenta cidadãos que chegam a postos de comando. Ora, como é um número muito pequeno, é fácil mantê-los sob controle, seja tomando a decisão de suprimi-los, seja dando a cada um a parcela de honras e empregos que lhes convém. Nicolo Maquiavel, in 'Discursos sobre a Primeira Década de Tito Lívio'

Santo Agostinho, Bispo, Confessor e Doutor da Igreja(+ Hipona, 430)
Nascido na cidade africana de Tagaste, depois de uma juventude viciosa e cheia de desvios doutrinários, converteu-se por influência de Santo Ambrósio, bispo de Milão, e sobretudo graças às orações e lágrimas de sua mãe Santa Mônica. Ordenado sacerdote, foi durante 34 anos bispo de Hipona, no norte da África. Além de pastor dedicado e zeloso, foi intelectual brilhantíssimo, dos maiores gênios já produzidos em dois mil anos de História da Igreja. Escreveu numerosas obras de Filosofia, Teologia e Espiritualidade, que exerceram e ainda exercem enorme influência. Combateu vigorosamente as heresias de seu tempo. De Santo Agostinho, disse o Papa Leão XIII: "É um gênio vigoroso que, dominando todas as ciências humanas e divinas, combateu todos os erros de seu tempo"

4São Francisco de Assis, Confessor(+ Assis, Itália, 1226)
Numa época em que o apego intemperante às Riquezas
minava profundamente a espiritualidade medieval, Deus suscitou Francisco, o enamorado da Dama Pobreza, para restaurar o equilíbrio necessário. Francisco foi uma das colunas sobre as quais a Igreja se sustentou naquele século. Renunciou à rica herança paterna e decidiu viver sem nada, levando a prática da virtude da pobreza até um radicalismo difícil de conceber. Fundou a Ordem dos Frades Menores, que em poucos anos se transformou numa das maiores da Cristandade. Fundou, com Santa Clara de Assis, o ramo feminino da mesma Ordem. Para os leigos que viviam no mundo, mas desejavam ser fiéis ao espírito de pobreza e participar das graças e privilégios da espiritualidade franciscana, fundou a Ordem Terceira. Por sua semelhança com o Divino Salvador, mereceu ter gravados em seu corpo os estigmas da Santa Paixão.
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São Luís Bertrán, Confessor(+ Espanha, 1581)
Natural de Valência, na Espanha, ingressou na Ordem dominicana contra a vontade paterna. Ordenado sacerdote, foi com apenas 23 anos mestre de noviços. Conseguindo dos superiores licença para ir pregar aos índios do Novo Mundo, esteve sete anos evangelizando regiões americanas que hoje pertencem à Colômbia. Converteu e batizou muitos milhares de indígenas, correndo nesse apostolado grandes riscos: duas vezes chegou a ser envenenado e em quatro outras ocasiões esteve muito próximo de receber o martírio. Retornou à Espanha e foi superior em três conventos de sua Ordem, procurando em todos restaurar a disciplina tradicional e aplicar as regras do Concílio de Trento. Despertou com isso muitas antipatias, e chegou a colocar, à maneira de desafio, na porta de sua cela, um letreiro com as palavras do Apóstolo São Paulo: "Se quisesse agradar aos homens eu não seria servo de Cristo". Ainda sete vezes exerceu as funções de mestre de noviços. Por suas mãos de formador experimentado passaram centenas de jovens, muitos dos quais tiveram causas de beatificação introduzidas.


13/outoubro
Santo Eduardo III, Rei e Confessor
(+ Inglaterra, 1066)
Rei da Inglaterra, venerado por sua piedade e por seu espírito de caridade. De comum acordo com a esposa, conservaram ambos perfeita castidade. Restaurou a Abadia de Westminster, onde foi sepultado.


Beato Nuno Álvares Pereira, Confessor(+ Lisboa, 1431
Condestável do Reino de Portugal, venceu brilhantemente os castelhanos nas batalhas de Atoleiros, Aljubarrota e Valverde, assegurando assim à nação lusa a independência e a fidelidade ao verdadeiro Papa. Rico e poderoso, tinha o senhorio de aproximadamente um terço do território português, mas a tudo renunciou por amor de Deus, ingressando como irmão leigo no Mosteiro do Carmo de Lisboa, que ele mesmo edificara, e adotando o nome religioso de Frei Nuno de Santa Maria. Sua espada sempre invicta, que tinha gravada na lâmina o santo nome de Maria, foi depositada no altar, nas mãos do Profeta Elias, fundador da Ordem carmelita. Uma filha do Santo Condestável casou com D. Afonso, filho do rei D. João I de Portugal. Desse casal procede a Sereníssima Casa de Bragança, que reinou em Portugal até 1889 e no Brasil até 1889.

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