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segunda-feira, 2 de junho de 2008

Guerra Junqueiro

" Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas..." Guerra Junqueiro. Escrito em 1886

Abílio de Guerra Junqueiro (1850-1923) nasceu em Freixo de Espada à Cinta, formando-se em Direito na Universidade de Coimbra. Foi funcionário público e deputado, aderindo em 1891, com o Ultimatum inglês, aos ideais republicanos. Influenciado por Baudelaire, Proudhon, Victor Hugo e Michelet, iniciou uma intensa escrita poética com o fim último de, pela crítica, renovar a sociedade portuguesa. Retirou-se para uma quinta no Douro, regressando à política com a implantação da República, tendo sido nomeado Ministro de Portugal em Berna. Obras: A Morte de D. João (1874), A Musa em Férias (1879), A Velhice do Padre Eterno (1885), Finis Patriae (1890), Os Simples (1892), Pátria (1896), Oração ao Pão (1903), Oração à Luz (1904), Poesias Dispersas (1920). Em colaboração com Guilherme de Azevedo, escreveu Viagem à Roda da Parvónia.

http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/junqueir.htm

É o mais típico representante da chamada Escola Nova. Poeta panfletário, as suas poesias ajudaram a criar o ambiente revolucionário que conduzirá à República. Mas não deve esquecer-se o que há de original e poderoso na sua obra: o extraordinário sentido de caricatura, uma capacidade quase primitiva de exprimir as ideias em símbolos vivos e, ainda, a riqueza verbal e de imagens com que contribuiu para a renovação do verso português.
Às vezes, nós não somos só nós, mas nós e as nossas circunstâncias, nós e a época em que vivemos. Junqueiro entusiasmou-se com a época em que viveu, assumiu-a em pleno e com ela se identificou.
Balzac dizia que « é um sinal de mediocridade ser-se incapaz de entusiasmo ». Junqueiro não queria ser medíocre. « com jamais se faz algo de grande sem entusiasmo », no dizer Emerson, Junqueiro vive os problemas que o rodeiam, envolve-se neles e luta.
http://www.bragancanet.pt/filustres/guerra.html

Literatura Moderna2º Período: Do realismo ao Simbolismo (Periodo Literário)

http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=189

(para escrever,ver melhor este Linck)

Poeta português, nascido em Freixo de Espada à Cinta. Frequentou a Faculdade de Teologia (1866-1868), que abandonou para se formar em Direito (1868-1873). Na Faculdade de Direito encontrou João Penha, tendo colaborado no periódico por aquele editado, A Folha. Em 1875 dirigiu, com Guilherme de Azevedo, a revista Lanterna Mágica (onde surgiu a célebre caricatura de Rafael Bordalo Pinheiro, o «Zé Povinho»). Em 1876 foi nomeado secretário-geral dos governos-civis de Angra do Heroísmo e, depois, de Viana do Castelo. Em 1879 filiou-se no Partido Progressista, monárquico, que estava na oposição, sendo eleito deputado por Macedo de Cavaleiros. No mesmo ano foi proibida a representação de uma peça de sua autoria, escrita em parceria com Guilherme de Azevedo, Viagem à Roda da Parvónia. Em 1880 foi eleito deputado pelo círculo de Quelimane (Moçambique). Em 1888 constitui-se o grupo dos Vencidos da Vida, de que Junqueiro fez parte. Dois anos depois aderiu ao Partido Republicano e ao movimento de protesto contra a monarquia, desencadeado pelo Ultimato inglês. Em 1907 foi julgado e condenado por causa de um artigo contra o rei D. Carlos. Implantada a República, ocupou, entre 1911 e 1914, o cargo de ministro plenipotenciário de Portugal na Suíça.Como escritor, estreou-se em 1864, com Duas Páginas dos Catorze Anos, série de poemas ainda influenciados pelo ultra-romantismo. Ligado depois ao grupo dos Vencidos da Vida, veio a ser o mais popular poeta panfletário da sua época. Serviu-se dos seus dotes oratórios para, em textos de sátira violenta, quer ao clero (A Velhice do Padre Eterno, 1885), quer à dinastia de Bragança (Finis Patriae, 1891 e Pátria, 1896), procurar a adesão popular aos ideais revolucionários. Tornara-se conhecido já em 1874, com A Morte de D. João, sátira ao dom-joanismo nas suas consequências sociais. Esta obra contém já elementos que seriam particularmente desenvolvidos numa fase posterior, e que revelam a dualidade da sua obra. São eles a poesia de intervenção, em que é constante a presença de um certo visionarismo profético, face à decadência nacional, que veio a influenciar grandemente o movimento designado por Renascença Portuguesa, e a interioridade e temas místicos, procurando Junqueiro, como poeta-filósofo, e de acordo com as tendências da época, conciliar a fé e a razão humanas, num cristianismo pessoal e panteísta. Os Simples (1892), obra de apologia dos humildes e a sua publicação mais célebre, é exemplo desta fase, já influenciada pelo simbolismo. Em A Musa em Férias (1880) e Os Simples (1892), Junqueiro procura reencontrar o «paraíso perdido», representado pela evocação nostálgica da infância e da natureza, que dá ao poeta força física e moral. Guerra Junqueiro publicou ainda, ao longo da sua vida, Oração ao Pão (1902), Oração à Luz (1904) e Poesias Dispersas (1920), para além das obras já referidas. Após a sua morte, surgiu Horas de Combate (1924), que reúne os seus discursos políticos. Tido em vida como um dos maiores poetas portugueses de sempre, a sua obra foi posteriormente objecto de controvérsia.

http://www.universal.pt/scripts/hlp/hlp.exe/artigo?cod=2_60

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