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sábado, 14 de junho de 2008

Jacinto Ramos-actor,Gogol,August Strindberg,Knut Ahnlund,Saramago,

Jacinto Ramos (1917-2004)
Pagou caro ser politicamente incorrecto,mas nunca deixou de lutar pelo teatro.
Perfeccionista exigia sempre mais e melhor.A acutilância valeu-lhe o rótulo de ser de "Dificil trato" e de ter "Um génio dificil".
A irreverência que lhe corria nas veias,toldou-lhe a personalidade desde a infância.Na escola primária gostava mais de contar anedotas aos colegas do que de estudar,com expressões e gestos.Frontal,determinado e com paixão pela representação.Em 1972,sob a ditadura ,desafiou o regime com "Quem tem medo de Virginia Woolf"(Sinopse: Quando o casal de meia-idade Martha (Elizabeth Taylor) e George (Richard Burton) convidam o jovem casal Nick (George Segal) e Honey (Sandy Dennis) para passarem na sua casa para tomarem uns drinques, todos eles, bêbados, começam a desenterrar verdades e a jogarem suas desavenças uns contra os outros. O destaque dessa obra de Mike Nichols são as atuações irônicas dos quatro personagens principais.
Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (Who's Afraid of Virginia Woolf?, 1966) » Direção: Mike Nichols» Roteiro: Edward Albee, Ernest Lehman» Gênero: Drama» Origem: Estados Unidos» Duração: 131 minutos» Tipo: Longa
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Ator/Atriz
Personagem
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Elizabeth Taylor
Martha
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Richard Burton
George
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George Segal
Nick
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Sandy Dennis
Honey
http://www.cineplayers.com/filme.php?id=530
Elizabeth Taylor
» Idade: 76 anos» Nascimento: 27/02/1932» País de nascimento: Inglaterra» Local de nascimento: Hampstead, London
Richard Burton
» Idade: 58 anos» Nascimento: 10/11/1925» Falecimento: 05/08/1984» País de nascimento: Reino Unido» Local de nascimento: Pontrhydyfen, País de Gales
Jacinto Ramos:Na antestreia com a presença dos censores na plateia,cumpriu o imposto e levou em cena a peça com apenas dois terços da peça,no dia seguinte perante Marcelo Caetano e vários Ministros representou a peça na integra,desafiando o regime,foi multado e repreendido pela Pide,nas sessôes seguintes continuou a representar a peça na integra apesar das multas diarias.
Um actor nascido em outoubro de 1917,em Lisboa,em 1945 estreou-se na Sociadade Guilherme Cossul,percorreu a cidade com espectáculos onde pretendia "agitar politicamente as pessoas".
O segundo casamento com Virginia,mãe dos seus 2 filhos,potência a sua irreverência,a mulher tinha ligação com a França vanguardista,e andava de bikini na praia,acusada pela policia,porque as mulheres em Portugal na altura eram proibidas de usar bikini.Em 1950 convidado por Amélia Rey Colaço ,entra para a companhia de teatro Rey Colaço-Robles Monteiro,estreando-se no Teatro Nacional D.Maria II,com a peça "Curva Perigosa",a sua fama cresceu com "O diário de um louco"de Gogol,"A menina Júlia" de Strindberg,"O porteiro" de H.Pinter.
Nicolau Gogol
Nicolau Gogol (1809 - 1852); escritor russo.
Nikolai Vasilievich Gogol (em russo, Николай Васильевич Гоголь; em ucraniano, Микола Васильович Гоголь, translit.: Mykola Vassyliovytch Hohol), nascido em Velyki Sorochyntsi, Poltava, Ucrânia, a 20 de março/1 de abril de 1809, e falecido em Moscou, a 21 de fevereiro/4 de março de 1852, foi um escritor russo de origem ucraniana.
Apesar de muitos de seus trabalhos terem sido influenciados pela sua herança ucraniana, ele escreveu em russo e sua obra é considerada parte da literatura russa.
Biografia
Seu pai, antigo oficial cossaco, desenvolveu seu gosto pela literatura; sua mãe lhe transmitiu a fé religiosa, que veio a acarretar, à beira da sua morte, um misticismo doentio.
Depois de estudos medíocres, este jovem de fisionomia austera deixa a Ucrânia e acha um modesto emprego de escritorio em São Petersburgo, num ministério. A distância de seu país natal e a nostalgia que dela resulta, lhe inspiraram alguns dos seus escritos. O contato com Alexander Pushkin e a consequente amizade com este abrem o caminho para as letras como destino.
A vida de burocrata também teve influência sobre Gogol: mesmo se ele não fora senão um medíocre empregado, esta experiência lhe inspirou uma magnífica novela, O Capote (1843), cujo herói, Akaki Akakievitch, tornou-se o arquétipo do pequeno funcionário russo.
Logo depois, Gogol consegue uma cadeira de professor de História no Instituto Patriótico de Jovens Moças e, em seguida, na Universidade de São Petersburgo (1831 - 1835). Durante este período, publica numerosas novelas.
Ao grande amigo Pushkin pede uma comédia, e este passa horas detalhando uma deliciosa ficção, ironizando a forma pela qual o governo czarista fiscalizava a cobrança de tributos. Esta foi a idéia básica da peça teatral O Inspetor Geral. Pushkin utiliza os contatos com a família real ajudando Gogol a driblar a censura e abre todos os caminhos a que teve alcance para que a peça pudesse ser encenada. Finalmente, em 1836, a peça conhece um real sucesso em São Petersburgo, aplaudida pelos liberais e atacada pelos reacionários.
Gogol se sente incompreendido, irritado tanto por aqueles que o apoiam quanto por aqueles que o criticam, pois todos simplificam e deturpam seu pensamento profundo, pensando que ele ataca as instituições de uma maneira quase militante. De fato, sua intenção não é outra senão a de denunciar os vícios e os abusos que se encontram no interior da alma humana. Em pleno desarranjo, ele foge e recomeça a viajar pela Europa.
A morte de Pushkin no ano de 1837, em um desinteressante duelo, abala profundamente Gogol. "Agora tenho a obrigação de concluir a obra cuja a idéia era do meu amigo". Referia-se, naturalmente, ao alentado texto "Almas mortas".
Ainda de posse desta outra grande idéia de Pushkin, Gogol continua a escrever seu grande romance "Almas Mortas". Tenta publicá-lo em Moscou em 1841, mas o Comitê Moscovita de Censura recusa. Não é senão após uma intervenção dos amigos do autor que o livro é publicado, em 1842. O romance é uma descrição sem concessões da Rússia profunda, uma sátira, às vezes impiedosa, que porém guarda subjacente o profundo amor de Gogol pelo país.
As tribulações recomeçam: Itália, França, Alemanha etc. Em 1848, faz uma peregrinação em Jerusalém. Pouco a pouco sua saúde se degrada e mais ainda sua percepção da doença, pois ele se crê sempre mais doente do que de fato está e seu sentimento religioso se exalta. Gogol se torna cada vez mais místico.
De volta a Moscou, redige a segunda parte de Almas Mortas. Mas seu estado físico e psíquico se degrada sem cessar. No início de fevereiro de 1852, num momento de delírio, segundo dizem, ele queima na lareira de seu quarto, todos os manuscritos inéditos - inclusive o fim da segunda parte de Almas Mortas.
O romance é uma belíssima e irônica ficção de Pushkin sobre a corrupção de uma classe decadente que dominava o povo ignorante e escravo da Rússia. Sua conclusão nunca foi publicada . Da plêiade russa que desafiou o czar, resta apenas um jovem admirador de Pushkin, Liermontov, Gogol e Ivan Turgeniev, que viria a escrever obras importantes como "Pais e filhos" e ver o reconhecimento de seus amigos apenas na sua maturidade.
Ao dia 21 do mesmo fevereiro morre Gogol, fatigado pelos jejuns. Obtêm, após a morte, cerimônias e reconhecimento únicos: seu corpo embalsamado segue insepulto por quase três dias carregado pelos estudantes a oferecer homenagens ao grande escritor em diferentes locais - todos os que leram Gogol queriam ver de perto a despedida do grande autor. Está enterrado no cemitério de Novodevitchi, em Moscou.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nikolai_Gogol
Nikolai Vassilievitch Gogol
Sorotchintsi, Poltava, 1809-Moscovo, 1852

Escritor russo. Oriundo de uma família de pequenos proprietários de terra ucranianos, passa a sua primeira infância no campo. Em 1821 muda-se para Nezin para estudar. Desde muito cedo deseja ser autor teatral. Em Sampetersburgo conhece Puchkin, que o influencia notavelmente. Em 1836 inicia uma longa viagem pela Europa. Reside em diversas cidades, particularmente em Roma. Em 1848 volta para a Rússia e instala-se em Moscovo, onde vive o resto dos seus dias.
Gogol é a primeira grande figura do realismo russo. Começa por escrever contos: Serões na Propriedade de Dikanka, Arabescos, O Retrato, Diário de Um Louco... Publica um importante romance romântico, Taras Bulba, que descreve as lutas dos Cossacos contra os ocupantes polacos. Mas não demora a inclinar-se para as propostas literárias do realismo. A este género se sujeita a sua obra-prima, Almas Mortas, que, baseando-se num facto real, uma burla que consiste em comprar servos mortos para os hipotecar e obter assim um empréstimo, vem a ser uma visão violentamente satírica da Rússia anterior à abolição da escravatura. Nos seus últimos anos vive atormentado pelas dificuldades que experimenta para narrar uma segunda parte de Almas Mortas. Vagueia pela Europa durante três anos, queima o manuscrito e prepara um volume intitulado Trechos Escolhidos da Correspondência com os Amigos. A reacção da crítica é muito dura, contra os propósitos moralizantes do autor. O crítico Belinski tacha-o de czarista. A inquietude e a insatisfação empurram-no para uma adesão fervente à fé cristã; o conflito da sua consciência com a actividade de escritor torna--se insustentável. Após uma viagem à Terra Santa, uma crise mística domina-o nos últimos anos da sua vida.
http://www.vidaslusofonas.pt/nikolai_v_gogol.htm
A única coisa que vale a pena é fixar o olhar com mais atenção no presente; o futuro chegará sozinho, inesperadamente. É tolo quem pensa no futuro antes de pensar no presente.Nicolau Gogol
O milionário tem o privilégio de poder contemplar a baixeza desinteressada, pura, sem segunda intenção.Nicolau Gogol
Digo que quando se tem espírito demais é pior do que não ter nenhum.Nicolau Gogol
Sei que o meu nome será mais feliz do que eu.Nicolau Gogol
http://www.pensador.info/autor/Nicolau_Gogol/

August Strindberg
Johan August Strindberg (22 de janeiro de 1849 - 14 de maio de 1912), pintor, escritor e dramaturgo sueco, autor de O Pelicano.
Johan August Strindberg (22 de janeiro de 1849 - 14 de maio de 1912), pintor, escritor e dramaturgo sueco, é autor, entre outros, de O Pelicano. Figura ao lado de Henrik Ibsen, Søren Kierkegaard e Hans Christian Andersen como o maior escritor escandinavo. É um dos pais do teatro moderno. Seus trabalhos são classificados como pertencentes os movimentos literários Naturalismo e Expressionismo.
Frequentou a Universidade de Uppsala, tendo-a abandonado para trabalhar como jornalista e actor, até que ingressou na Biblioteca Real (1874) o que lhe permitiu assegurar o seu futuro económico. As suas primeiras peças teatrais denotam influências de Ibsen e Kierkegaard e aí transparece uma personalidade amarga e torturada: O Livre Pensador (1869), Hermion (1869), O Professor Olof (1872), A Viagem de Pedro Afortunado (1882) e A Mulher do Cavaleiro Bent (1882).
O fracasso do seu primeiro matrimónio com Siri von Essen (1877-1891) deu à sua obra um tom misógino, que está patente, em especial nos contos de Esposos (1884) e nos dramas de carácter naturalista Camaradas (1897), O Pai (1887) e A Menina Júlia (1888), a sua obra mais importante.
Strindberg é um dos mais importantes dramaturgos suecos. Com as suas obras em prosa e os seus dramas, foi o precursor do naturalismo na Suécia e, ao mesmo tempo, o grande destaque do expressionismo e do surrealismo. Em suas peças autobiográficas, recriou ainda a sua problemática pessoal: três fracassos matrimoniais, solidão e abatimento espiritual. As suas obras impregnadas pela tristeza O Pai (1887) e A Menina Julie (1888), assim como as peças Páscoa e A Dança da Morte (ambas de 1891), ilustram esses conflitos. Sonata dos Espectros e Fogueira (ambas de 1908) assinalam já o caminho para o simbolismo. Após ter passado um longo período na França, na Suíça, na Alemanha e na Dinamarca, Strindberg regressou a Estocolmo em 1899, onde fundou, em 1907, o Teatro Íntimo.
http://netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1086.html
Os filhos são educados como se fossem ficar toda a vida filhos, sem nunca se pensar que eles se tornarão em pais.August Strindberg
Sim, eu sou um homem e choro. Um homem não tem olhos ? Não tem também mãos, sentidos, inclinações, paixões ? Porque é que um homem não devia chorar?August Strindberg
É indispensável estudar a natureza dos outros antes de darmos livre curso à nossa.August Strindberg
Somos inocentes, mas responsáveis. Inocentes perante aquele que já não existe, responsáveis perante nós próprios e os nossos semelhantes.August Strindberg
Eu não desejava a vitória, mas a luta.August Strindberg
No fundo, é isso, a solidão: envolvermo-nos no casulo da nossa alma, fazermo-nos crisálida e aguardarmos a metamorfose, porque ela acaba sempre por chegar.August Strindberg
Família, tu és a morada de todos os vícios da sociedade; tu és a casa de repouso das mulheres que amam as suas asas, a prisão do pai de família e o inferno das crianças.August Strindberg
Nunca devemos regozijar-nos com o nosso dia antes de havermos posto a touca de dormir.August Strindberg
http://www.pensador.info/autor/August_Strindberg/

Harold Pinter
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Harold Pinter (Londres, 10 de Outubro de 1930) é um ator, diretor, poeta, roteirista, e certamente um dos grandes dramaturgos do século XX,além de destacado e incômodo ativista político inglês. É um dos grandes representantes do teatro do absurdo junto com Samuel Beckett e Eugène Ionesco. Em 2005 recebeu o prêmio Nobel de Literatura e o prêmio Companion of Honour da Rainha da Inglaterra pelos serviços prestados à Literatura.
Biografia
Nascido no seio de uma família judaica, com ascendência sefardita portuguesa por parte de pai. Seu sobrenome Pinter, como ele próprio lembra, é uma adaptação ao inglês do sobrenome "Pinto". Nasceu num subúrbio pobre de Londres, ao norte do Rio Tâmisa, parte leste da cidade, em Hackney, onde fez seus primeiros estudos. Começou em meados da década de 1950 sua carreira teatral. A sua primeira obra importante foi Festa de Aniversário ((The Birthday Party, 1957), um fracasso na estréia mas um êxito na remontagem, depois de ter sido apresentada na televisão. É um dos mais importantes renovadores do teatro moderno e as suas peças tem um estilo característico a que se deu o nome de pinteresco. Nelas são criadas situações em que personagens normais, em suas vidas cotidianas, são colocadas repentinamente frente ao inesperado. Traição, por exemplo, é uma peça que discorre de forma convencional sobre a vida de um casal e a sua separação depois da aventura da esposa com seu amante. Entretanto ela é apresentada ao reverso, em cenas que acontecem de trás para diante; uma das cenas iniciais é um encontro num bar do amante com o marido traído, depois da separação. Pinter escreveu 29 peças, entre as mais reconhecidas estão Festa de Aniversário (The Birthday Party, 1957), O Porteiro (The Caretaker, 1959), Traição (Betrayal, 1978), Volta ao Lar (Homecoming, 1965), todas adaptadas ao cinema. Entre seus roteiros para cinema mais reconhecidos está A Mulher do Tenente Francês (The French Lieutenant's Woman, 1981).Em outubro de 2006 foi aclamado por sua participação como ator na produção de A Última Gravação (Krapp's Last Tape) como parte da comemoração dos 100 anos do nascimento de seu autor Samuel Beckett e dos 50 anos do Royal Court Theatre.
[editar] Participação política
Bastante controverso politicamente, foi um forte opositor às políticas belicistas do final do século XX, opõe-se radicalmente à invasão do Iraque em 2003, contestando assim as políticas de George Bush e Tony Blair. Entre outras polêmicas Pinter profere uma palestra na Conferência pela Paz nos Bálcãs, em 10 de junho de 2000, contra o bombardeamento de civis pela OTAN na Sérvia (Edição em inglês [1]). Em 2001 Pinter incorpora-se ao Comitê Internacional na Defesa de Slobodan Milošević (ICDSM), o qual solicitava um julgamento justo e a sua libertação; Ele também assina um manifesto de artistas por Milošević em 2004. Pinter considera Slobodan Milošević como uma figura digna e um "herói nacional" da Sérvia. Pinter também é um grande apreciador de críquete.
Em 13 de Outubro de 2005 a Academia Sueca atribuiu-lhe o Prêmio Nobel da Literatura.
Em 1982 Paulo Autran recebe o Prêmio Molière de melhor ator por sua participação em Traições. Esta mesma peça foi encenada no Teatro Cultura Inglesa em São Paulo em 2002, com Laerte Mello.
A premiação de Pinter ao Prémio Nobel recebeu grande oposição pelas posições veementes do dramaturgo contra a participação inglesa na Guerra do Iraque. No pensamento destes sua premiação se deveria mais a suas posições políticas pacifistas que ao valor literário de sua obra, o que certamente seria contestado por grande parte da crítica mundial que o considera um dos grandes autores do século xx.
Knut Ahnlund - demitiu-se da Academia Sueca em 2005, poucos dias antes da atribuição do Prêmio Nobel a Pinter. Os motivos seriam a escolha de Elfriede Jelinek para o prêmio Nobel da Literatura de 2004, que ele considera pornografia violenta. Como a pertença à Academia é um cargo vitalício, ele não pode oficialmente deixar a Academia, mas vai deixar de participar e a sua cadeira vai permanecer vazia até à sua morte.
Nascido em 1930, Harold Pinter começou por ser actor (com o nome David Baron) e em 1957 escreveu a sua primeira peça, THE ROOM. Autor fundamental do teatro contemporâneo, encenou e representou em algumas das suas mais de trinta peças, que foram traduzidas e encenadas por todo o mundo. Escreveu também para rádio, televisão e cinema, onde é difícil esquecer a colaboração com Joseph Losey. Recebeu já diversos prémios e distinções: recentemente, o título de Companion of Honour da Rainha. O seu site é o www.haroldpinter.org.Os Artistas Unidos realizaram um ciclo com a obra de Harold Pinter durante as temporadas de 2001/2/3. Na ocasião a editora Relógio d´Água publicou dois volumes com as peças mais importantes do autor.
Não sei resumir nenhuma das minhas peças. Não sei descrever nenhuma. Só sei dizer foi isto o que aconteceu, foi isto o que disseram, foi isto o que fizeram. Harold Pinter
As personagens de Pinter exprimem exactamente aquilo que lhes vem à mente e muitas vezes emerge directamente do inconsciente. Pode acontecer que isso nada tenha a ver com a acção ou com o que acaba de dizer a outra personagem. Para dizer a verdade, não há diálogo.As personagens de Pinter só se revelam aos poucos e de uma maneira incompleta: esse é o trabalho do actor. Mervyn Jones
"As suas palavras não dizem o que dizem, dizem mais. O enigma é muito interessante porque está bem perto da verdade da vida." Claude Régy àcerca de Harold Pinter
"O teatro de Harold Pinter revela um universo singular, cómico e aterrador, feito de sub-entendidos, mal-entendidos ou puros equívocos. Nele observa-se, como se fosse ao microscópio, personagens que vegetam confusamente, de quem quase nada se sabe e que, de repente, explode num confronto em que as palavras são armas mortais. Estamos no reino do falso para se atingir uma verdade que é ainda mais falsa. As perguntas que se colocam não são aquelas que nos vêm à cabeça e a resposta, ou a recusa de responder limita-se a aumentar o abismo da incompreensão. O pudor torna-se violência, o sorriso ameaça, o desejo impotência, a vitória desfaz-se." Eric Kahane
PeçasThe Room (1957) The Birthday Party (1957) estreada em Lisboa em 1967 com o titulo Feliz Aniversário e tradução de Artur Ramos e Jaime Salazar Sampaio, encenação de Artur Ramos no Teatro Avenida (Companhia Amélia Rey Colaço / Robles Monteiro) com Sinde Filipe, Josefina Silva, Paiva Raposo, Hermínia Tojal; The Dumb Waiter (1957) estreada em Lisboa em 1962 com o título O Monta Cargas com encenação de Jacinto Ramos e tradução Luis de Sttau Monteiro (na Guilherme Cossoul) com Carlos Néry e Filipe Ferrer. Estreada pelos Artistas Unidos a 24 de Outubro no Festival de Portalegre com o título O Serviço, em tradução de João Saboga e Pedro Marques, um trabalho de Vítor Correia e João Saboga. A Slight Ache (1958) The Hothouse (1958) estreada em Lisboa em 2001 com o título Câmara Ardente com encenação de Graça Correia no Teatro Paulo Claro (Artcom) com António Rama, Elsa Galvão, António Filipe, Pedro Matos, Carlos Aurélio e Gonçalo Portela. The Caretaker (1959) estreada em Lisboa em 1967 com o título O Porteiro com tradução e encenação de Jorge Listopad (no Teatro Tivoli) cenofragia de João Vieira e com Augusto de Figueiredo, Jacinto Ramos e Henrique Viana. Os Artistas Unidos apresentam uma nova tradução de Francisco Frazão, O Encarregado e estreiam o espectáculo na Culturgest com encenação de João Meireles e interpretação de Américo Silva, Jorge Silva Melo e José Airosa. A Night Out (1959) Night School (1960) The Dwarfs (1960) The Collection (1961) estreada em Lisboa em 2002 com o título A Colecção com tradução de Pedro Marques, encenação de Artur Ramos, cenografia de José Manuel Castanheira e interpretação de Teresa Sobral, Manuel Wiborg, Jorge Andrade e Nuno Melo, uma produção Actores Produtores Associados / Artistas Unidos / Centro Cultural de Belém.The Lover (1962) Foi estreada em Portugal em 1992 numa tradução, encenação e interpretação de Diogo Infante na Sala Experimental do Teatro da Trindade. O AMANTE com tradução de Pedro Marques estreou em 19 de Janeiro de 2002 no Pequeno Auditório do Rivoli (Porto) – com Gracinda Nave, Marco Delgado e Pedro Carraca, encenação de Jorge Silva Melo com a colaboração de Pedro Marques – uma produção Artistas Unidos / Culturporto Tea Party (1964) The Homecoming (1964) The Basement (1966)Landscape (1967) Silence (1968) Old Times (1970) estreada em 12/10/78 com tradução de Ricardo Alberty e encenação de Carlos Quevedo com Catarina Avelar, Fernando Curado Ribeiro e Graça Lobo. Espectáculo de inauguração da Sala Experimental do Teatro Nacional D. Maria II. E estreada em Lisboa em 2002 com o título Há Tanto Tempo com tradução Jorge Silva Melo, encenação de Solveig Nordlund, cenografia de Rita Lopes Alves e José Manuel Reis e interpretação de Isabel Muñoz Cardoso, Margarida Marinho e Nuno Melo, uma produção Solveig Nordlund / Artistas Unidos / Centro Cultural de Belém. Monologue (1972) estreado na Comuna em 1996. Interpretação Victor Soares. Enc. Álvaro Correia No Man's Land (1974) Betrayal (1978) estreada com o título Traições em tradução de Berta Correia Ribeiro e encenação de João Vieira com Lia Gama, Mário Jacques e Filipe Ferrer (Cinema Quarteto) E em 2002, encenação de Solveig Nordlund, cenografia de Rita Lopes Alves e José Manuel Reis e interpretação de Gracinda Nave, Marco Delgado e Rogério Samora, uma produção Solveig Nordlund / Artistas Unidos / Centro Cultural de Belém. Family Voices (1980) Victoria Station (1982) A Kind Of Alaska (1982) One For The Road (1984) estreada com o título Um Para O Caminho em 2002, com tradução e encenação de Pedro Marques, cenografia de Rita Lopes Alves e José Manuel Reis e interpretação de Joana Bárcia, João Dourado Santos, José Airosa e Jorge Silva Melo. Mountain Language (1988)The New World Order (1991) estreada na Comuna em 1996. Interpretação de Álvaro Correia, Alfredo Brissos e Victor Soares. Party Time (1991) Moonlight (1993) Ashes To Ashes (1996) estreada n´a Capital com o título Cinza às Cinzas em tradução de Paulo Eduardo Carvalho e interpretação de Rosa Quiroga e João Cardoso (uma produção Assédio / AU / Rivoli) Celebration (1999) Remembrance Of Things Past (2000)
Sketches:The Black and White (1959) estreado em Julho de 2001 pelo grupo Cão Solteiro (enc.: Nuno Carinhas) integrado no espectáculo Problemas. Trouble in the Works (1959) estreado em Julho de 2001 pelo grupo Cão Solteiro (enc.: Nuno Carinhas) integrado no espectáculo Problemas. Last to Go (1959) estreado em Julho de 2001 pelo grupo Cão Solteiro (enc.: Nuno Carinhas) integrado no espectáculo Problemas. Request Stop (1959) Special Offer (1959)That's Your Trouble (1959) That's All (1959) estreado em Julho de 2001 pelo grupo Cão Solteiro (enc.: Nuno Carinhas) integrado no espectáculo Problemas. Interview (1959) Applicant (1959) Dialogue Three (1959) Night (1969)Precisely (1983) estreado na Comuna em 1996. Interpretação de Álvaro Correia e Alfredo Brissos. Encenação de Álvaro Correia Press Conference (2002) estreado no National Theatre em Londres em 8 de Fevereiro 2002 pelo próprio Harold Pinter e lido por Joana Bárcia e Jorge Silva Melo na mesma noite no Teatro Paulo Claro em tradução de Pedro Marques e com o título Conferência de Imprensa. E esteve na origem do espectáculo Conferência de Imprensa e Outras Aldrabices.
Filmes a partir das suas peças:The Caretaker (1962) realização de Clive Donner; The Birthday Party (1967) realização de William Friedkin; The Homecoming (1969), realização de Peter Hall., Betrayal (1981) realização de David Jones. É autor de vários argumentos para o cinema, entre os quais de The Pumpkin Eater (1963) realização de Jack Clayton; The Servant (1963) realização de Joseph Losey ; The Quiller Memorandum (1965) realização de Michael Anderson, Accident realização de Joseph Losey (1966); The Go-Between Accident realização de Joseph Losey A La Recherche Du Temps Perdu (1972) para Joseph Losey (não filmado e adaptado ao teatro em 2000)The Last Tycoon (1974) realização de Elia Kazan; The French Lieutenant's Woman realização de Karel Reisz (1980); The Comfort Of Strangers (1989) realização de Paul Schrader.
Encenou muitas das suas peças: The Collection (com Peter Hall) (1962);The Lover e The Dwarfs (1963); The Birthday Party (1964); Hothouse (1980);Party Time e Mountain Language (1991); The New World Order (1991);Landscape (1994);Ashes To Ashes (1996); Celebration e The Room (2000);No Man´s Land (2001);
Encenou peças de James Joyce (Exiles ), Simon Gray (Butley, Otherwise Engaged, The Rear Column, Close Of Play, Quartermaine's Terms, The Common Pursuit, Life Support, The Late Middle Classes, The Old Masters), Robert Shaw (The Man In The Glass Booth); William Archibald (The Innocents); Noel Coward (Blithe Spirit); Robert East (Incident At Tulse Hill); Jean Giraudoux (The Trojan War Will Not Take Place); Tennessee Williams (Sweet Bird Of Youth); David Mamet (Oleanna); Ronald Harwood (Taking Sides); Reginald Rose (Twelve Angry Men).
Realizou, para televisão, vários textos de Simon Gray. Do mesmo autor realizou Butley.
A Revista Artistas Unidos nº 7 contém um dossiê temático relativo a Pinter, bem como os textos Conferência e O Exame.A Revista Artistas Unidos nº8 tem publicado o texto Câmara Ardentee um dossiê temático relativo ao autor.Por iniciativa dos Artistas Unidos, a Relógio d`Água publicou o Teatro Completo de Harold Pinter, em dois volumes.
Nos Artistas Unidos: 2001 O SERVIÇO um trabalho de João Saboga e Vítor Correia (A Capital Teatro Paulo Claro). 2002 O AMANTE encenação de Jorge Silva Melo (A Capital Teatro Paulo Claro); UM PARA O CAMINHO encenação de Pedro Marques (A Capital Teatro Paulo Claro); CINZA ÀS CINZAS encenação de Rosa Quiroga e João Cardoso (A Capital Teatro Paulo Claro); TRAIÇÕES encenação de Solveig Nordlund (CCB); HÁ TANTO TEMPO encenação de Solveig Nordlund (CCB / CAM – Acarte); A COLECÇÃO encenação de Artur Ramos (CCB); O ENCARREGADO encenação de João Meireles (Culturgest) 2003 VICTORIA STATION um trabalho de Rogério Vieira e António Simão (Teatro Taborda).2005 CONFERÊNCIA DE IMPRENSA E OUTRAS ALDRABICES de Harold Pinter, Antonio Tarantino, Arne Sierens, Antonio Onetti, Davide Enia, Duncan McLean, Enda Walsh, Finn Iunker, Irmãos Presniakov, Jon Fosse, José Maria Vieira Mendes, Jorge Silva Melo, Juan Mayorga, Letizia Russo, Marcos Barbosa, Miguel Castro Caldas, Spiro Scimone, uma canção de Boris Vian e outros ainda. A NOVA ORDEM MUNDIAL de Harold Pinter (Teatro Taborda)
http://www.artistasunidos.pt/harold_pinter.htm
Knut Ahnlund
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Knut Ahnlund (Estocolmo, 24 de Maio de 1923) é um historiador, um crítico literário e escritor sueco e até 2005, um membro da Academia Sueca. Deixou a academia em 2005 por protesto contra a atribuição do prémio Nobel da Literatura de 2004 a Elfriede Jelinek, "um dano irreparável no prestígio do prémio".
Profissão
Ahnlund é um perito em Literatura nórdica do século XIX e XX, e em especial da literatura Dinamarquesa. Ele escreveu a sua tese de doutoramento sobre Henrik Pontoppidan, e escreveu posteriormente sobre Gustav Wied e Sven Lidman, entre outros. Ele é também um romancista e publicou traduções de vários autores. Recebeu o seu doutoramento pela Universidade de Estocolmo e foi professor de História Literária Nórdica na Universidade de Aarhus.
Foi eleito como membro da Academia Sueca em 1983.
Críticas
Devido a conflitos com o secretário permanente da Academia, Sture Allén, e seu sucessor, Horace Engdahl, Ahnlund participou apenas minimamente nas decisões da academia desde 1996.
Elfriede Jelinek
A 11 de Outubro de 2005, a poucos dias do anúncio do laureado com o prémio Nobel da Literatura de 2005 (que seria Harold Pinter), ele declarou ao jornal Svenska Dagbladet que deixaria a Academia em protesto pela escolha de Elfriede Jelinek para o prémio Nobel da Literatura de 2004.
Ele caracterizou o trabalho de Jelinek como pornografia violenta e uma massa de texto que parece ter sido montado sem traço algum de estrutura artística. A decisão de 2004, segundo escreveu no jornal Svenska Dagbladet, não só causou um dano irreparável ao valor do prêmio como confundiu a visão de literatura como arte. Disse também que apenas uma pequena parcela do total de 18 jurados realmente leu algum dos livros de Elfriede.
Como a pertença à Academia é um cargo vitalício, ele não pode oficialmente deixar a Academia, mas ele vai deixar de participar no seu trabalho e a sua cadeira vai permanecer vazia até à sua morte.
José Saramago
Ahnlund considera infeliz a escolha de José Saramago para prémio Nobel da Literatura de 1998, que segundo ele foi o resultado de uma campanha profissional de relações públicas. Ver mais pormenores no artigo José Saramago#Cronologia da atribuição de um prémio Nobel.
Sture Allén
Acusou Sture Allén, o antigo secretário da academia de falta de visão e desinteresse literário ("ele nem sequer lê").
Elfriede Jelinek
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Elfriede Jelinek (Áustria, 20 de Outubro de 1946) é uma novelista e autora de peças de teatro austríaca. Foi premiada com o Prêmio Nobel de Literatura em 2004 "por seu fluxo musical de vozes e contra-vozes em novelas e peças que, com extraordinário zêlo linguístico revela o absurdo dos clichés da sociedade e seu poder de subjugo".

Jacinto da Silva Ramos cont.-Tudo corre bem até á Revolução de Abril,quando as convicções politicas e a personalidade pouco maleável o afastam dos novos decisores politicos.Nunca cedeu ao politicamente correcto,nem quando percebeu que isso lhe penalizaria fatalmente a carreira.
Manteve-se fiel ao projecto que tinha para o teatro Português,no qual actores como Ruy de Carvalho nunca teriam destaque por serem medianos e canastrões.
Homem culto fundou sete companhias,lutando por interessar as pessoas pelo teatro,nomeadamente o amador.Fez sacrificios como o de se render contrariado ao poder da televisão,ajudou a promover as primeiras telenovelas portuguesas,"Origens""Palavras Cruzadas""A Banqueira do Povo"mas depressa se fartou do que chamava-produções em série de pouca qualidade.Foi encenador argumentista e encenador,realizador de "Patío das Cantigas","Manhã Submersa","Pai Tirano",fez rádio.
Perfeccionista com ele e com os outros ,exigia sempre mais e melhor.A acutilância por vezes exagerada com o que fazia,valeu-lhe o rótulo de ser de "dificil trato""e de ter um feitio de génio",
mas isso era no trabalho,em privado cultivava a imagem de galã inglês e era mulherengo,amigo dos filhos a quem abriu horizontes mas deu liberdade de pensamentos,gostava de ler poesia, conheceu a India ,tornou-se budista.Perdeu a neta num acidente de viacção na IP 5,apesar dos seus 83 anos continuava um lutador, criou com o filho Manuel João ramos a Assoçiação de Cidadãos Automobilizados e empenou-se em campanhas de sensibilização.
Passou os ultimos anos na casa do Artista,lamentando o injusto esquecimento a que fora votado,apesar da condecoração de Comendador da Ordem Militar de Santiago de Espada em 1994,e da homenagem de 60 anos de carreira no teatro D.Maria II,em 1998.
Até na morte aos 87 anos,Jacinto Ramos fez questão de marcar o seu inconformismo

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