Bem Vindo/Welkome

Esta página pretende-se interactiva,deixe imagems,informações,dicas do mês.

domingo, 23 de novembro de 2008

Psicologia/Felicidade

Viva - Feliz com a vida - Diário do Nordeste


A FAVORITA
(Obs:A.Mascarenhas seria adequado substituir a palavra psicopatas por Sociopatas/Sociopatia? )
A propósito de Flora, que amamos odiar
Os psicopatas são os novos heróis do cinema e da TV
A extrema maldade de Flora na novela "A Favorita" nos faz indignados e fascinados. Patrícia Pillar esta dando um show, como também Glória Pires fez no passado com Maria de Fátima em "Vale Tudo", que iniciou a leitura da psicopatia brasileira. Ela esta em toda parte, na política principalmente, na busca louca do sucesso e na fuga do anonimato e em sua decorrência: o crime. Antigamente, nos romances e filmes, nos identificávamos com as vítimas; hoje, nos fascinamos com os vilões. Não torcemos mais pelos mocinhos - torcemos pelos bandidos. Por quê? Bem, porque os psicopatas são o nosso futuro, a vida moderna nos levará a isso. Pensem no último Coringa do Batman, interpretado pelo falecido Heath Ledger.
Diante dos cadáveres, da miséria, do cinismo, somos levados a endurecer o coração, endurecer os olhos, a ser cínico em busca de um funcionamento "comercial". Do contrário, seremos descartados, tirados "de linha" como um carro velho. A sociedade está parindo legiões de psicopatas, muitos disfarçados de chiques ou light. Nem todo psicopata esquarteja mulheres no parque. O livro "Mentes Perigosas", da psiquiatra Ana Beatriz B. Silva, nos dá medo: a cada 25 pessoas, uma é psicopata. Podem passar a vida toda tranquilamente, prejudicando os outros, sem nunca serem descobertas.
O psicopata light, que não faz picadinho de ninguém, tem as mesmas molas que movem o esquartejador. Ele parece muito sadio e simpático. Não é nervoso nem inseguro. Tem encanto e inteligência; sem afetividade ou culpa para atrapalhar, tem uma espantosa capacidade de manipulação dos outros, pela mentira, sedução e, se precisar, pela chantagem. Questionado ou flagrado, o psicopata sempre se acha inocente ou "vítima" do mundo, do qual tem de se vingar.
Ele, em geral, não delira. Suas ações mais absurdas e cruéis são justificadas como lógicas, naturais, já que o "outro" não existe. Não sente nem remorso nem vergonha do que faz (o que nos dá uma secreta inveja).
Ele mente compulsivamente, muitas vezes acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Seu fraco "amor" aparece apenas como posse ou controle. Não olha para dentro de si, nem aprende com a experiência, simplesmente porque acha que não tem nada a aprender.
O psicopata não deprime. Ele atua e pode fazer muito sucesso num mundo onde a alegria falsa e maníaca é obrigatória. Estes tempos de alegria obrigatória são "sopa no mel" para os psicopatas, os chamados psicóticos "sãos" como os nomeiam alguns psicanalistas hoje. Hoje em dia é proibido sofrer. Temos de "funcionar", temos de rir, de gozar, de ser belos, magros, chiques, tesudos, em suma, temos de ser uma mímica dos produtos de "qualidade total". Para isso, há o Prozac, o Viagra, os uppers, os downers; senão, nos encostam como arcaicos. "A depressão não é comercial", me disse uma bichinha chorando, um costureiro à beira do suicídio que tinha de sorrir sempre, para as freguesas, para as fotos, senão perdia a clientela e a fama.
No entanto, a depressão importa. A melancolia é fundamental para a criação e para a felicidade. Estamos erradicando uma força cultural brutal, a musa por trás de muita arte, poesia e música. Estamos aniquilando a melancolia.
Há uma nova ciência, a ciência da felicidade. Parece realmente ser uma era de perfeito contentamento, um grande mundo novo de sorte persistente, alegria sem problemas, felicidade sem penas. Mas, sem um desencanto com o sentido da vida, sem um ceticismo crítico, sem a morte no pensamento, ninguém chega a uma reflexão decente. A melancolia, longe de ser uma mera doença ou fraqueza de espírito, é quase um convite milagroso para transcender esse status quo banal e imaginar as inimagináveis possibilidades de existência. Sem melancolia, a Terra iria provavelmente se congelar num estado fixo, tão previsível como o metal. Só com a ajuda da angústia constante este mundo à beira da morte pode ser transformado, reavivado, levado ao novo.
Quando nós, com aparente felicidade, nos seguramos numa ideologia qualquer, este mundo subitamente parece entrar numa coerência estática, uma divisão rígida entre o certo e o errado. O mundo, dessa forma, torna-se desinteressante, morto.
No Brasil, com a crise das utopias e com a exposição brutal de um escândalo por dia, com a propaganda estimulando a ridícula liberdade para irrelevâncias, temos o indivíduo absolutamente sozinho. Isso leva a um narcisismo desabrido, base da psicopatia. Somos hoje sem limites morais em luta por um lugar ao sol. Ou pela fama ou por um golpe na praça. Queremos ser ricos ou famosos. A sobrevivência moderna precisa do crime, cada vez mais. E esse comportamento está deixando de ser uma exceção. O psicopata é um prenúncio do futuro, quando todos seremos assim para sobreviver. A velha luta pela ética, pela paz, pela solidariedade está virando uma batalha vã. Esses sentimentos humanos só foram possíveis "historicamente". Raros foram os momentos em que vicejaram. Os chamados comportamentos "humanos" estão se esvaindo na distância. O que é o "humano" hoje? O "humano" está virando apenas um lugar-comum para uma "bondadezinha" submissa, politicamente correta. O "humano" é histórico também. Talvez não haja mais lugar para esse conceito, que é mutante. Somos máquinas desejantes que nos transformamos com o tempo e a necessidade.
Antes, os psicopatas tocavam num mistério que não queríamos conhecer. Tínhamos medo deles. Hoje, temos de competir com os psicopatas, que em geral nos vencem, com sua eficiência, rapidez e falta de escrúpulos. Estamos vendo que essa antiga doença vai acabar virando uma "virtude" no futuro.
Ficou arcaica a idéia de compaixão e um dia seremos tocados pela graça da insensibilidade. Como os psicopatas. Temos de esfriar o coração para viver no Brasil. Por enquanto ainda falamos "Que horror!", mas um dia chegaremos a um coração perfeitamente frio. Um dia seremos todos psicopatas. ARNALDO JABOR, Colunistamailto:Colunistaa.j.produção@uol.com.br

TRISTEZA NO AR
Segundo outro estudo sobre os hábitos dos americanos, pessoas “infelizes” assistem 30% mais televisão do que as “felizes”, cujo tempo livre é gasto em atividades sociais, religiosas ou com leitura. O estudo é um dos primeiros a comparar as atividades das pessoas em seu tempo livre com a auto-estima. As pessoas que se descreveram como “muito felizes” assistem à TV até 5,6 horas a menos por semana do que aquelas que se dizem “não tão felizes”. Segundo os pesquisadores, o resultado não significa que a televisão causa infelicidade, mas aponta que há uma ligação ainda não compreendida entre bem-estar e o passatempo televisivo.O estudo foi publicado na revista Social Indicators Research e foi baseado em uma pesquisa de opinião com quase 40 mil pessoas de 18 a 64 anos.
http://txt.estado.com.br/editorias/2008/11/24/ger-1.93.7.20081124.3.1.xml


Dois problemas básicos angustiam a sociedade brasileira: a predisposição para a subtração de coisa alheia e a expansão da comercialização de drogas ilícitas. Alguns se espantam ao lembrar que, há 25 anos, a porta de sua casa, muitas vezes, ficara aberta sem qualquer problema. A identificação da diferença entre furto e roubo, a redução da maioridade penal, o aumento da pena, nada disso parece impedir o crime.O que deu errado se mais escolas foram edificadas? Reduziu-se o analfabetismo, disseminou-se o estudo do Direito e uma parte expressiva da população tem acesso à universidade. Como é possível uma sociedade “progredir” se ninguém confia em quem está do seu lado? O destino de um país, seguramente, não é criar mais e mais penitenciárias para abrigar número crescente de delinqüentes. Algo precisa ser tentado e sem demora. A Declaração de Independência dos EUA de 1776 proclamou ser inalienável o direito à felicidade.O Estado surgido com a Revolução Francesa de 1789 tinha como meta assegurar a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão. Kant afirmou não ser atribuição do Estado buscar a felicidade dos indivíduos, mas garantir-lhes a liberdade para que cada um possa procurá-la da forma que lhe convém. É difícil, entretanto, ser feliz, vivendo sob ameaça de assalto, de seqüestro, clonagem de cartão etc. Um novo formato de educação para a convivência deve ser buscado a partir desta advertência de R.M. Hare: “se formos criados desde tenra idade em obediência a um princípio, a idéia de não obedecê-lo torna-se abominável para nós. Se deixarmos de obedecê-lo, experimentamos remorso, quando obedecemos, sentimo-nos em paz conosco”.Roubar é feio, eis um bom marketing social para desestimular a cobiça da coisa alheia e despertar a sociedade para o cultivo de novos valores. no passado, comerciantes propagaram religiões porque precisavam de afabilidade para cumprimento dos acordos. Idéias que busquem, no presente, conter a propensão para o crime devem ser massificadas. É o marketing do bem.
DJALMA PINTOAdvogado
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=592740

Sem comentários:

Enviar um comentário