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domingo, 9 de novembro de 2008

Maria Filomena Mónica


Maria Filomena Mónica
Historiadora e Socióloga
« È muito dificíl ensinar seja o que for,mas ensinar escrita criativa? Para escrever de forma criativa temos de ir para casa e ler os melhores livros da literatura Portuguesa e mundial,e ler boa imprensa.(E ter sentido de humor e observação),há quem ache que eu tenho um sentido masculino de olhar a realidade,mas isso vem do machismo:não choro,trabalho,não chego atrazada,até há pouco tempo recusava-me a acreditar que houvesse diferença de géneros,só aos 62 anos fiz a constatação tardia,que haviam realmente homens e mulheres,quando escrevi o livro Bilhete de Identidade.Na parte anatómica sabia que as havia,mas no olhar sobre a realidade não,pelas reacções dos homens machistas ou infantis ao contrário da das mulheres que se identificaram com o que eu tinha escrito.Não sei cozinhar,havia empregadas,a minha mãe não punha os pés na cozinha,depois de casar não facilitei,venho de outros tempos,de outra classe social.Não cozinho por militância.A memória e a falta dela,passou a ser central na minha vida.Tive pouca intimidade com a minha mãe,que tinha sido uma figura muito dominadora,mas inteligente e que eu respeitava.Sempre tive má memória,e por outro lado tenho memórias de coisas que não lembram aos outros.Sou pouco dada aos psicólogos,gostava que alguém me explicasse o que a memória retém e porquê,se o meu cérebro fosse um disco rigido eu fazia delete a uma série de coisas,e ficava com espaço para as mais importantes.As pessoas quando perdem a memória deixam de ser pessoas.Faz-me impressão saber que as grandes familias tradicionais portuguesas,deixam perder conhecimentos sem dar testemunho deles.N´~ao ligam,não há uma elite há para ai 3 pessoas cultas em Portugal.
Nunca disse nós dizia EU,nunca é nós vamos,é eu vou mesmo que seja no casamento.Sou portuguesa mas há traços de mim que são fruto da minha vivência no Estrangeiro.Eu critico os portugueses,tal como Eça acusado de estrangeirado,mas são as pessoas que mais amam Portugal.Gosto pouco de pequenos tecnocratas que mandam ,estão convencidos que são melhores do que são.Gostava de viver numa época de mais liberdade de expressão e pensamento.(entre 1852 e 1890 até ao ultimatum).Depois da Regeneração até ao golpe do Duque de Saldanha,em que Fontes subiu ao poder,era a liberdade para um grupo muito pequeno,eu teria que ter sido da classe média alta ou da aristocracia.A geração de 70,Eça,Ramalho,Antero,Bordalo Pinheiro,conseguiam publicar coisas nos jornais que hoje não se conseguiria.A Républica não respeitou depois os direitos fundamentais,ao contrário do que pensam,depois veio o Salazarismo,periodo horrendo que vivi.Esqueci-me de dizer que teria que ser homem.Só se fosse mulher da alta aristocracia do Paço.Gosto da palavra Não,normalmente não concordo,á partida sou adversarial.Admiro o Dr.Luis Graça,e o Dr.Albino Aroso,que trabalharam na area do planeamento familiar e a favor do aborto.Chocam-me os deputados,ninguém sabe quem são.não têm liberdade de voto,vgiam o que o Governo faz e mais nada e leêm papeis,fazendo depois discursos a ler um papel,gostaria que falassem sem ler.Sou da
Esquerda mas desconfio do Estado,a Direita em Portugal sempre foi autoritária,nunca prezou as liberdades,não é liberal,por isso tenho de ser de esquerda,os contrastes sociais e a pobreza chocam-me,os nossoos ricos não têm dimensão sosocial,não devolvem á comunidade,uma parte da riqueza que acumulam,não há sequer tradição de filantropia.

O fundamentalismo religioso ´das coisas mais tenebrosas.

Gosto da Europa,da sua cultura,de viajar nela,e quero que os meus alunos também o façam.

Desde que apareceu a Palin sem dúvida Obama.

Sinto que quero dizer o que me apeteçe,que já posso,que já não posso ser despedida.

Nunca tive sorte no amor,no jogo sim.

in Visão

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