O IPCR é a Autoridade máxima de restauro e conservação de património móvel em Portugal.
Comprovam se os quadros são falsos, com exames de área com radiografias, retrografia, fotografia, e os exames de ponto: composição dos pigmentos e das camadas. Principalmente a pedido da PJ.
Muitas vezes só com o exame de área a fotografia e a radiografia, conseguem apurar se a obra é falsa.
Podem-se pintar falsificações em telas antigas e oleos, pintam à maneira de determinados pintores, alguns actuais,copiam o estilo, tornando difícil datar. Os especialistas em restauro detectam muitas vezes a olho nu, a falsidade de uma obra. " Alguns artistas pintam mais depois de mortos do que em vida "- Lima de Carvalho, Prof. de Pintura da Faculdade de Belas Artes de Lisboa.
Devia ser criado um banco de dados de pintura e os artistas deviam ter um inventário das obras e numerá-las. Os compradores ao comprar um quadro, devem saber o seu histórico, se lhe disserem que vem do Brasil ou de outro lugar, pode levantar logo dúvidas.
Os mais visados pelos falsificadores são os autores portugueses de arte comtemporânea, os pintores que estão no mercado de arte, artistas portugueses conceituados dos sec. XIXe XX.
Museus, antiquários e tribunais, recorrem ao antigo Instituto de José Figueiredo.
Se um quadro falso está numa exposição da Gulbekian, fica praticamente autenticado automáticamente.~
Os falsários não conseguem imitar a pincelada do artista. falsários usam sistema de quadrículas.
Normalmente por denúncia ou suspeita a PJ é avisada e inicia a investigação, alguém que se queixa depois de ter comprado um quadro ou de o ter mandado restaurar e tem dúvidas sobre a sua autenticidade.
Recorre-se então aos exames técnicos do IPCR e aos peritos da Brigada de Obras de Arte, que além de furto ou de tráfico, investiga a viciação, os detectives vão compondo o puzzle, sendo difícil, localizar o falsário,até porque muitos quadros são de família e ninguém sabe a origem, alguns quadros não são falsificados em Portugal e os falsificadores não deixam pistas nas obras identificáveis ( ?) , os estudantes também fazem cópias com rigor, sem assinarem e depois alguém imita a assinatura de um mestre e faz negócio, este método de ensino foi banido há mais de 40 anos, considerado não pedagógico,a cópia em Belas Artes tornou-se uma palavra maldita. Há a cópia do estilo e falsificação de assinatura, alguma cópias são feitas no Brasil, uma obra assinada não quer dizer nada, a assinatura é fácil de imitar.
O Código Penal, não prevê a falsificação de quadros, só o crime de falsificação de assinatura e pode-se ir pelos Direitos de Autor, este crime fica muitas vezes sem castigo. Nos últimos anos não têm havido falsificações ou pelo menos não foi detida nenhuma pessoa.
Adaptação de texto in Tal e Qual / Célia Pedroso
sábado, 20 de fevereiro de 2010
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