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sábado, 8 de novembro de 2008

Casamento entre homossexuais


"O governo enfia a cabeça na areia"Emílio Silva
Qual a sua opinião pessoal sobre o casamento entre homossexuais: a favor ou contra? Quais as razões para a sua posição?
O tema é mais intrigante e completo mas, contrariamente às discussões sobre o sexo dos anjos, este pode tornar-se objectivo e ser conclusivo. Mais do que ser a favor ou contra, tratar-se-á, primeiro, de observar direitos e deveres enquanto cidadãos e, por essa ordem de ideias, aceitar que um conduza sempre ao outro. Depois há os movediços e lamacentos terrenos que uns defendem como direitos e outros como metas: a igualdade e a felicidade. Politicamente, o Governo enfia a cabeça na areia e argumenta que o assunto não faz parte da agenda política para este ano. Forma simpática de adiar para ano de eleições uma posição que, certamente, reunirá ainda muitos votos de casais homossexuais, aí já satisfeitos com uma posição que, mais cedo ou mais tarde, ter(ia)á de ser validada pois o “comboio” da Europa já está em marcha… Tal como já temos conhecido noutros governos desta nossa União, também por cá há “casais” entre os nossos governantes [passado e presente] que estarão a torcer pela futura Lei…Se um filho seu lhe dissesse que era homossexual, como reagiria e o que faria?
Como pai, o tema não me aflige a esta data: primeiro porque o não sou, ainda e, depois, porque não vejo necessidade de discorrer por algo que não passa de um cenário… distante no tempo.

EMÍLIO SILVA 35 anosEx-jornalista


"Não podemos obrigar as pessoas a viver sem sentido"Dora Valadão

Qual a sua opinião pessoal sobre o casamento entre homossexuais: a favor ou contra? Quais as razões para a sua posição?
Sou a favor do casamento entre homossexuais porque entendo que a vida tem que ser vivida na sua plenitude e não podemos obrigar as pessoas a viverem sem sentido, só porque a sociedade obriga. Sei - e até compreendo - que apesar das mentalidades actuais estarem mais evoluídas, ainda não são o suficiente para aceitarem esta realidade. Nós não temos o direito de julgar aqueles que, por motivos vários, têm opções diferentes. Esta nossa passagem é curta e todo aquele que tem a felicidade de existir tem o direito de ser feliz. Penso que é preferível existir um casamento ou uma união de facto do que acontecer o que, muitas vezes, constatamos e as pessoas viverem marginalizadas, só porque a sociedade assim o exige. Sociedade essa que vive à base de preconceitos, de invejas e que não contribui em nada para melhorar a vida dos seres humanos que, connosco, convivem diariamente. Todos têm o direito de uma vida de felicidade e a serem aceites como são na realidade.

Se um filho seu lhe dissesse que era homossexual, como reagiria e o que faria?
Se um filho meu dissesse que era homossexual, naturalmente que eu iria aceitar e tudo faria no sentido de o ajudar a viver a sua vida, sendo íntegro, respeitado e sobretudo feliz. Em conclusão, uma pessoa por ser homossexual não deixa de ser inteligente e culto e de ser útil à sociedade.

DORA VALADÃO 46 anosProvedora da Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz das Flores

"Todos os homens foram criados iguais"Dimas Simas Lopes

Qual a sua opinião pessoal sobre o casamento entre homossexuais: a favor ou contra? Quais as razões para a sua posição?
O preâmbulo da Declaração de Independência dos Estados Unidos, assinada em 4 de Julho de 1776 tem as seguintes afirmações: “Nós temos as verdades seguintes como evidentes por si mesmas: todos os homens foram criados iguais; o Criador conferiu-lhes direitos inalienáveis, os primeiros dos quais são: o direito à vida, o direito à liberdade, o direito à felicidade” (...) Os homossexuais ao entenderem que o casamento é um dos meios, para terem acesso aos seus direitos à felicidade, acho justo que pugnem por essa aspiração. O casamento, como instituição, é uma realidade cívica e cultural, concretizada pela legitimação de uma união de facto. Na nossa civilização, o casamento dos homossexuais sendo um facto novo, penso que a forma e os cânones do processo que conduzem ao seu reconhecimento e legitimidade deveriam ser mais inventivos, à altura de uma revolução social e cultural do século XXI.

Se um filho seu lhe dissesse que era homossexual, como reagiria e o que faria?
Na hipótese de tal confissão procuraria serenar o ambiente e num diálogo, que convém ser civilizado, assumir que as estradas da vida são diversas e que há, sempre, um outro lado das coisas e do mundo dos seres humanos onde é possível, por pequena que seja, encontrar uma nesga com felicidade.

DIMAS SIMAS LOPES 62 anosMédico cardiologista e pintor

"Cada um deve assumir-se sem preconceitos"Delmindo Meneses
Qual a sua opinião pessoal sobre o casamento entre homossexuais: a favor ou contra? Quais as razões para a sua posição?
Eu sou a favor, porque cada pessoa tem o direito de ser feliz à sua maneira, respeitando sempre a sua orientação sexual e assumir, sem preconceitos, porque é um ser humano como muitos outros. Têm o direito de seguir a sua vida porque, se calhar, ainda conseguem ser mais felizes que um casal (homem e mulher). Por isso, digo que sou a favor.
Se um filho seu lhe dissesse que era homossexual, como reagiria e o que faria?
Pois isso aí é complicado responder porque ainda não fui pai, mas neste aspecto penso que a escolha de um filho meu, ser ou não homossexual, pois teria que o apoiar na sua decisão, porque seria a forma de ele ser feliz. O dever de um pai é ajudar e apoiar o seu filho na sua opção de ser homossexual.
DELMINDO MENESES 27 anosJogador de futebol do Angrense

Não temos o direito de julgar aqueles que, por motivos vários, têm opções diferentes.


(Açores)


No meio do sofrimento e da busca da felicidade, a literatura serve também para providenciar conforto e perturbação a quem quer ver mais longe do que o ‘mundo imediato’ promete. A isso chamamos, salvo erro, mistério. E é por isso que a literatura existe.

Francisco José Viegas, Escritor


Butão. Khesar Wangchuck é o mais novo monarca do mundo
Entre a espiritualidade budista e a tradição medieval, o Butão coroou ontem o seu novo Rei, um jovem de 28 anos diplomado por Oxford que terá como missão guiar aquele pequeno reino dos Himalaias que é também a mais nova democracia do mundo, a caminho da modernidade.Ao som das sutras (ensinamentos do Buda), cantadas pelo monge e líder religioso para transmitir sabedoria, compaixão e visão, Jigme Khesar Namgyel Wangchuck recebeu a coroa de seda preta e vermelha do seu pai, Jigme Singye Wangchuck, às 08.31, hora escolhida pelos astrólogos. O quinto da dinastia Druk Gyalpo tornou-se Rei do Dragão e o mais novo monarca do mundo no palácio do século XVII de Tashichho Dzong, na minúscula capital medieval, Thimphu. "É um dia maravilhoso. Os deuses estão connosco e nós lembrar-nos-emos deste acontecimento que unirá o povo do Butão," disse o novo Rei. O soberano, descrito como "próximo do povo, inteligente e visionário", deverá aprofundar a obra de modernização do seu pai que, no espírito budista, inventou um indicador económico, a "Felicidade Nacional Bruta", (contra o produto nacional bruto) para orientar as suas políticas .Apelidado de "príncipe charmoso", herda a coroa num dos países mais misteriosos do planeta, entalado entre a China e a Índia, que até 1960 não tinha estradas, telefones nem qualquer contacto com o exterior. Ainda hoje, um visto para entrar no Butão custa 155 dólares diários. Apesar dos progressos recentes, o reinado do pai do novo monarca não foi livre de polémicas. Nos anos 80, dezenas de milhares de hindus nepaleses protestaram contra o esmagamento da sua cultura. E cem mil desses ouviram a notícia da coroação em campos de refugiados no Nepal.

From:http://DN.sapo.pt



Sou completamente contra o casamento gay"Eduarda Borba
Qual a sua opinião pessoal sobre o casamento entre homossexuais: a favor ou contra? Quais as razões para a sua posição?
Sou completamente contra o casamento dos homossexuais. Como cristã, seguidora atenta da Palavra de Deus, para mim não faz sentido contrariar os Princípios. Todos nós pagamos um preço pelas nossas escolhas e não sinto que os homossexuais tenham de ser diferentes. Se cada um exigisse uma lei que se adaptasse aos seus ímpetos, desejos ou fantasias sexuais ou amorosas, estaríamos certamente a mudar as leis a cada décimo de segundo. Por mim, e pelos valores que defendo, cada individuo pode ser o que quiser, tem livre arbítrio para o fazer, mas a liberdade acaba quando começo a pisar o risco do outro e não me venham com histórias de que o homem pode mudar a existência. Temos obrigação moral de respeitar os valores da sociedade que escolhemos para viver. Não posso mudar o mundo inteiro, mas posso mudar o meu e se neste espaço onde vivo as regras são estas, só tenho é de respeitar, ficando ou partindo.
Se um filho seu lhe dissesse que era homossexual, como reagiria e o que faria?
Sou mãe e obviamente que seriam estes os conselhos que daria se tivesse um filho homossexual. Respeitem os outros, as diferenças e aceitem-se assim como são, nunca perdendo de vista que à vossa volta existem outras pessoas e outros mundos que merecem tanto respeito como o vosso. O mundo não pára, porque alguém nasce ou escolhe ser diferente. Crescer dói. Cresçam!
EDUARDA BORBA 46 anosFuncionária pública, actriz e encenadora de teatro


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