René Armand François Prudhomme (Paris, 16 de Março de 1839 - Châtenay-Malabry, 6 de Setembro de 1907), mais conhecido como Sully Prudhomme, foi poeta francês.
Filho de M. Sully Prudhomme, comerciante, e de Clotilde Caillat, ingressou num instituto politécnico para estudar na área científica. No entanto, devido a uma doença oftalmológica, teve que desistir desse objectivo. Trabalhou numa fábrica, como escriturário, mas, descontente, decidiu estudar Direito, em 1860.
Em 1865, publica a sua primeira obra poética, Stances et Poemes.
Pertence ao grupo de poetas parnasianos, responsáveis pela publicação da revista Parnasse contemporain.
Foi eleito para a Academia Francesa em 1881, ocupando a cadeira 24.
É o primeiro autor a receber o Prêmio Nobel de Literatura, no dia 10 de dezembro de 1901.
Sully Prudhomme morreu em Châtenay-Malabry, França, em 6 de setembro de 1907, e foi sepultado no Cemitério do Père-Lachaise, em Paris.
"O maior suspiro é o que faz o verso mais belo."
Christian Matthias Theodor Mommsen (Garding, Schleswig, Alemanha, 30 de Novembro de 1817 — Charlottenburg perto de Berlin, 1 de Novembro de 1903) foi um historiador alemão. É considerado um dos maiores especialista em história da Antigüidade Latina de todos os tempos, e muitos dos seus escritos e compilações de documentos ainda hoje conservam uma importância capital.
Em 1902, foi agraciado com o Prémio Nobel de Literatura, pela sua História de Roma.
[editar] História
Mommsen foi o filho de um Ministro Protestante em Garding Schleswig, e cresceu em Oldesloe que é conhecida agora como Bad Oldesloe. Ele recebeu seus treinamentos básicos e clássicos em sua escola fundamental e seu ginásio em Christianeum em Altona, uma parte alemã de Holstein. De 1838 a 1843 ele estudou jurisprudência na Universidade de Kiel; seu estudo de jurisprudência alemã naquele tempo derivou para um amplo estudo da Lei Romana, esta essência o influenciou na direção de sua pesquisa futura. Ele inspirou a sua idéia da inter-relação muito próxima entre o direito e a história, muitos dos seus ensinamentos foram basilares para os escritos de Friedrich Karl von Savigny, um dos fundadores da escola histórica da jurisprudência. Após ter adquirido o mestrado e o doutorado, uma pesquisa fundamental financiada pelo Rei da Dinamarca; permitiu que ele dispensasse três anos - entre 1844 a 1847 - na Itália. Durante este tempo a Itália se tornou a sua segunda casa, e um dos seus quarteis generais foi o Instituto Arqueológico Romano, do qual ele conseguia retirar dados para a sua pesquisa. Naquele tempo Mommsen conseguiu conceber o seu plano para o "Corpus Inscriptionum Latinarum", uma coleção compreensiva de inscrições em latim.
Bjørnstjerne Martinus Bjørnson (Kvikne, 8 de dezembro de 1832 — Paris, 26 de abril de 1910) foi um escritor norueguês que recebeu o prêmio Nobel de Literatura em 1903. Bjørnson é considerado como um dos Quatro Grandes escritores da Noruega; os outros são Henrik Ibsen, Jonas Lie, e Alexander Kielland
Infância
Bjørnstjerne Bjørnson nasceu em Kvikne, na Noruega, em 8 de Dezembro de 1832. Já durante a sua infância, mostrava qualidades de liderança e um dom para enfeitiçar os seus colegas, com a sua imaginação narrativa.
Inspirado pela revolução de Fevereiro de 1848, abandonou as regras das autoridades escolares da sua escola secundária, leu de forma independente e entrou para a Universidade de Oslo em 1852.
[editar] Início da carreira
Mergulhou numa vida ligada à política, ao teatro e à literatura, com uma turbulência característica, encontrando rapidamente a sua missão na promoção de uma cultura norueguesa verdadeiramente nativa.
Em 1854, já se tornara uma figura reconhecida pelas suas críticas sobre o teatro, que conduziram de forma natural a uma campanha pela substituição do teatro dinamarquês de Oslo por um palco verdadeiramente norueguês.
O seu primeiro romance, Synnøve Solbakken, de 1857, um conto sobre a vida campestre, tornou-se um dos pontos de viragem da literatura norueguesa. Durante os anos seguintes, até 1873, alternou entre a escrita de histórias da vida rural contemporânea e a escrita de peças desenroladas na Noruega ancestral, com a excepção de uma peça sobre Maria Stuart, de 1864.
A maior parte dos protagonistas das obras de Bjørnson têm personalidades fortes e rebeldes como a sua, tendo que lutar consigo mesmas para controlarem a sua truculência natural.
Nacionalismo
Bjørnson não se cingiu ao trabalho literário: publicou uma revista, dirigiu um teatro e fez discursos políticos a favor do movimento liberal-nacionalista que ia ganhando força. Um resultado importante desta actividade foi a composição do hino nacional da Noruega, Ja, vi elsker dette Landet ("Sim, amamos este país"), em 1859. Outra consequência foi a formação do partido liberal, na década de 1860. Sentia-se o herdeiro de Henrik Wergeland, cujos ideais nacionais procurou integrar na vida norueguesa.
[editar] Crítica social
Após um período de expressão lírica, Bjørnson viajou para o sul da Europa, para ganhar novos impulsos para a sua escrita. Viajou durante dois anos, sobretudo pela Itália e pelo Tirol. Ao regressar, escrevera já duas peças, ambas publicadas em 1875: En fallit ("Uma falência") e Redaktøren ("O editor"). Foram as primeiras peças de teatro a lidar com os problemas sociais da Escandinávia, abrindo o caminho para os canhões da crítica social. Seguiram-se outras peças e outros romances tratando as questões sociais de então, muitos hoje esquecidos, outros ainda muito vivos, dada a forma repleta de sentimento que Bjørnson lhes conferiu. Entre estes, contavam-se Det flager i byen og på havnen (1884), tratando de problemas relacionados com a educação sexual, På guds veie (1889), sobre o conflito entre ciência e religião.
[editar] Crítica religiosa
O próprio Bjørnson abraçava uma religião positivista e evolucionária, na qual não havia lugar para o Jeová do luteranismo, levantando grandes controvérsias com os seus ataques públicos à igreja do estado. Alguma desta controvérsia surge também nas suas peças, das quais se destaca Over ævne I (1883), uma peça poderosa destinada a mostrar os efeitos pouco saudáveis do supernaturalismo.
Últimos anos
Recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1903.
Quando faleceu em Paris, em 26 de Abril de 1910, o seu corpo regressou à Noruega, num navio de guerra norueguês. Foi sepultado em Oslo.
Bjørnson é lembrado sobretudo como uma personagem de grande dimensão e de uma vitalidade irreprimível, um crente não somente na cultura nacional norueguesa, mas também na paz e na justiça internacionais, que fez a sua voz ser ouvida por toda a Europa, a favor das minorias oprimidas, trabalhando ardentemente para a compreensão internacional.
Henryk Adam Aleksander Pius Oszyk-Sienkiewicz (Wola Okrzejska, Polónia, 5 de Maio de 1846 - Vevey, Suíça, 15 de Novembro de 1916) foi um escritor polaco, galardoado com o prémio Nobel da literatura em 1905 e considerado um dos mais brilhantes escritores da segunda metade do século XIX.
A sua obra mais conhecida é o clássico da literatura também adaptado ao cinema Quo Vadis.
Giosuè Carducci (Valdicastello, 27 de julho de 1835 — Bolonha, 16 de fevereiro de 1907) foi um poeta e primeiro vencedor italiano do Prémio Nobel de Literatura, recebido em 1906.
Fez universidade em Pisa e com apenas 25 anos ocupou a cátedra de literatura italiana da Universidade de Bolonha. Na juventude foi a figura central de um grupo de poetas que pretendia banir o romantismo para retornar à tradição clássica, tendência que manifestou em Rime (1857), sua primeira coletânea de poemas. Com preocupações ideológicas e humanísticas publicou as coletâneas Juvenilia (1868) e Levia gravia (1861-1871). Mais tarde evoluiu para uma postura menos radical e, com sua nomeação para senador (1890), aceitou publicamente o regime monárquico. Ainda foi marcante os versos de Rime e ritmi (1899), obra de exaltação ao espírito italiano. O livro Odi barbare (1877) foi considerado sua obra-prima.
Joseph Rudyard Kipling (30 de dezembro de 1865–18 de janeiro de 1936) foi um autor e poeta inglês, nascido em Bombaim, Índia britânica
É mais conhecido por seus livros The Jungle Book (1894), The Second Jungle Book (1895), Just So Stories (1902), and Puck of Pook's Hill (1906); sua novela, Kim (1901); seus poemas, incluindo Mandalay (1890), Gunga Din (1890), "If—" (1910) e "Ulster 1912" (1912); e seus muitos contos curtos, incluindo "The Man Who Would Be King" (1888) e as compilações Life's Handicap (1891), The Day's Work (1898), e Plain Tales from the Hills (1888).
Ele é considerado o maior “inovador na arte do conto curto”;[1] seus livros para crianças são clássicos da literatura infantil; e o seu melhor trabalho dá mostras de um talento narrativo versátil e brilhante.[2][3]
Kipling foi um dos escritores mais populares da Inglaterra, em prosa e poema, no final do século 19 e início do 20.[1] O autor Henry James disse dele: "Kipling me impressiona pessoalmente como o mais completo homem de gênio (o que difere de inteligência refinada) que eu jamais conheci."[1] Em 1907, ele foi laureado com o Prêmio Nobel de Literatura, tornando-se o primeiro autor de língua inglesa a receber o prêmio, e até hoje o mais jovem a recebê-lo.[4] Entre outras honrarias, ele foi sondado em diversas ocasiões para receber a Láurea de Poeta Britânico e um título de Cavalheiro, todos os quais ele rejeitou.[5]
Contudo, mais tarde Kipling tornou-se conhecido (nas palavras de George Orwell) como um “profeta do imperialismo britânico."[6] Muitos viam preconceito e militarismo em suas obras,[7][8] e a controvérsia sobre ele continuou por muito tempo já no século 20.[9][10] De acordo com o crítico Douglas Kerr: "Ele ainda é um autor que pode inspirar discordâncias apaixonadas e seu lugar na história da literatura e da cultura ainda está longe de ser definido. Mas à medida que a era dos impérios europeus retrocede, ele é reconhecido como um intérprete incomparável, ainda que controverso, de como o império era vivido. Isso, e um reconhecimento crescente de seus extraordinários talentos narrativos, faz dele uma força a ser respeitada."[11]
[editar] Infância de Kipling
Rudyard Kipling nasceu no dia 30 de dezembro de 1865 em Bombaim, Índia britânica, filho de Alice Kipling (nascida MacDonald) e (John) Lockwood Kipling.[12] Alice Kipling (uma das quatro memoráveis irmãs da Era Vitoriana)[13] was a vivacious woman[14] sobre as quais o futuro Vice-rei da Índia diria, "O tédio e a senhora. Kipling não podem existir no mesmo espaço."[1] Lockwood Kipling, um escultor e designer de cerâmica, foi o diretor e professor de escultura arquitetônica na recém-fundada Sir Jamsetjee Escola de Arte e Indústria em Bombaim.[14] Os dois, que se mudaram para a Índia no início daquele ano, conheceram-se dois anos antes em Rudyard Lake na área rural de Staffordshire, Inglaterra, e encantaram-se tanto com a beleza do lugar que deram o nome dele ao primeiro filho. A tia de Kipling, Georgiana, era casada com o pintor Edward Burne-Jones and a tia Agnes, com o pintor Edward Poynter. Seu parente mais famoso foi o primo em primeiro grau Stanley Baldwin, que foi três vezes Primeiro Ministro pelo Partido Conservador nas décadas de 1920 e 1930.[15] O local de nascimento de Kipling birthplace ainda está de pé no campus do Sir J.J. Instituto de Arte Aplicada em Mumbai e serviu por muitos anos como residência do reitor. O historiador de Mumbai, Foy Nissen esclarece que, embora a cabana ostente uma placa afirmando que aquele é o lugar onde nasceu Kipling, o fato é que a cabana original foi demolida décadas atrás e uma nova foi construída em seu lugar. O bangalô de madeira ficou vazio e trancado por muito tempo.[16]
De Bombaim, Kipling escreveria:[17]
Mãe das Cidades para mim,Porque nasci á sua entrada,Entre palmeiras e o mar,Onde os navios do fim do mundo esperam.
De acordo com Bernice M. Murphy:[18]
"Os pais de Kipling se consideravam 'anglo-indianos' (termo usado no século 19 por cidadãos britânicos residentes na Índia) como também ele próprio o faria, embora ele tenha vivido a maior parte de sua vida no exterior. Questões complexas de identidade e lealdade nacional foram aspectos proeminentes de sua ficção. "O próprio Kipling escreveria sobre esses conflitos aos setenta anos:[19]
À tarde heats antes de fazer a sesta, ela (a portuguesa ayah, ou babá) ou Meeta (palavra Hindu para carregador, ou criado do sexo masculino) nos contaria histórias e cantaria canções infantis de memória, e éramos encaminhados para a sala de jantar depois de vestidos com a advertência ‘Fale inglês agora com o papai e a mamãe.’ Então falava-se ‘inglês,’ traduzido abruptamente do idioma vernáculo em que pensava e se sonhava.
Os dias de Kipling de "intensa luz e escuridão"[19] em Bombaim terminariam quando ele tivesse 7 anos. Como era o costume na Índia britânica, ele e sua irmã de três anos, Alice (“Trix”), seriam mandados para a Inglaterra – no caso deles para Southsea (Portsmouth), onde deles cuidariam um casal que recebia filhos de compatriotas britânicos vivendo na Índia. As duas crianças viveriam com o casal, Capitão Holloway e esposa, na casa deles, Lorne Lodge, pelos próximos seis anos. Em sua autobiografia, escrita 65 anos depois, Kipling lembraria aquele tempo com horror, e se perguntaria ironicamente se a combinação de crueldade e negligência que ele experimentou nas mãos da sra. Holloway não poderiam ter apressado o começo de sua vida literária:[19]
Se você interroga uma criança de sete ou oito anos sobre suas atividades diárias (especialmente quando ela quer dormir), ela se contradiz com satisfação. Se cada contradição for tomada como uma mentira retailed no café da manha, a vida não é fácil. Eu experimentei um bocado de intimidação, mas isso era tortura calculada – tanto religiosa quanto científica. Ainda assim, isso me fez dar atenção às mentiras que eu, cedo, achei necessário contar: e isso, eu presumo, é a base do meu esforço literário.
Rudolf Christoph Eucken ( 5 de Janeiro de 1846 - 15 de Setembrode 1926 ) foi uma filosofo alemã, galardoada com o prémio Nobel da literatura em 1908.
Selma Ottilia Lovisa Lagerlöf, (Mårbacka, Östra Amtervik, Suécia, 20 de Novembro de 1858 — Mårbacka, Östra Amtervik, Suécia, 16 de Março de 1940) foi uma escritora sueca.
Selma Lagerlöf nasceu na paróquia de Östra Amtervik, província de Värmland, oeste da Suécia, numa propriedade chamada Marbacka, que seus pais administravam. A região em que estava situada a fazenda era repleta de mitos, lendas e histórias de fantasmas. Seu pai, o tenente Erik Gustaf Lagerlöf, era um homem alegre, original e divertido, e sua mãe, Luísa Wallroth, era filha de um rico industrial da região.
Selma nasceu com um defeito articular na perna esquerda e, aos três anos de idade, viu-se subitamente impedida de andar, com as pernas inertes, passando a infância sem brincar muito, a ouvir as histórias e lendas contadas por sua babá, Kaysa. Em determinado verão, viajou com a família para uma estação de águas, em Stromstad, onde conheceu a esposa do capitão do navio Jacob. Ao ser convidada a conhecer o navio, Selma viu uma ave-do-paraíso e, em sua inocência infantil, achou-a capaz de fazer milagres, fato que a fez, repentinamente, voltar a andar, apesar de continuar claudicando mediante as dores que sentia na perna esquerda.
Aos 15 anos, depois de ter dedicado toda a infância à leitura, Selma decidiu que seria escritora e passou a escrever milhares de versos. Por volta de 1880, a situação financeira da família entrou em declínio, e começou a fazer pequenos trabalhos para se manter. Em 1882, com a ajuda financeira de um empréstimo feito por seu irmão Johan, Selma entrou para a Kungliga höga lärarinnor seminariet, escola que formava professoras e que se preocupava com a causa feminista, incentivando a independência e o progresso social da mulher.
Aos 27 anos, concluídos os estudos, foi nomeada professora de História em Landskron, cidade à margem do Sund. Em certa ocasião cortou os cabelos que sempre usara em tranças, num gesto que na época era escandaloso e visto como sinal de emancipação feminina.
Em 1885, sua família, mediante a doença do pai e as dívidas do irmão Johan, perdeu Marbacka. Secretamente, Selma desejava trabalhar o suficiente para recuperar a propriedade da família. Foi auxiliada pela baronesa Sophie Lejonhufvud Adlersparre (Esselde), que a incentivou a publicar seus versos em Dagny, a revista literária feminista fundada por ela. Em 1890, participou de um concurso de contos com alguns capítulos de um romance que estava escrevendo, e ganhou seu primeiro prêmio em dinheiro. Em 1891, publicava o romance completo, A Saga de Gosta Berling.
Após o sucesso, vieram Os laços invisíveis, em 1894, uma coleção de contos. Desses, o mais popular foi A penugem. Nessa ocasião, em Estocolmo, Selma conhece Sofia Elkan, escritora de romances históricos, com a qual manterá correspondência e amizade pelo resto da vida. A partir dessa época escreveu Os milagres do Anticristo, em 1897, , na Itália, considerado uma crítica ao socialismo siciliano, e Lenda de uma Quinta Senhorial, em 1898, concebido sobre o tema de A Bela e a Fera. Entre 1900 e 1902, publicou os dois volumes de Jerusalém, após uma viagem ao Egito e à Palestina, e posteriormente Escudos do Senhor Arne, As Lendas de Jesus Cristo e O livro das Lendas. Já então era considerada uma das maiores escritoras suecas.
Alfred Dalin, diretor da escola de Husqvarna, fez-lhe a proposta de um livro para crianças das escolas primárias, que ensinasse a história e a geografia de seu país. Selma aceitou, elaborando extensa pesquisa e viagens de estudo, concluindo entre 1906 e 1907 a obra A maravilhosa viagem de Nills Holgersson através da Suécia, alcançando tamanho sucesso que pôde realizar seu sonho: comprar novamente Marbacka, em 1910. Em 1904, recebera a medalha de ouro da Academia Sueca; em 1907, fora nomeada doutora honoris causa da Universidade de Upsália; em 1909, recebera o Prêmio Nobel de literatura.
Em 1914, entrou para a Academia Sueca, mas conservou sua vida de fazendeira, criando gado e beneficiando farinha de aveia, e continuou escrevendo: A casa de Liljekrona, em 1911, O carroceiro da morte, em 1912, e um compêndio de lendas escritas de 1915 a 1921, reunidas em Gnomos e Homens. Depois publicou O imperador de Portugal, em 1914, O exilado, em 1918, a trilogia dos Löwensköld, de 1925 a 1928, entre eles seu último romance, Anna Svärd. Na velhice, publicou apenas volumes de lembranças, e morreu na Marbacka que tanto amava, sendo enterrada no cemitério de Ostra Amtervik.
[editar] Características literárias
No fim do século XIX, a literatura sueca era dominada pelo realismo naturalista. Selma Lagerlöf, com sua obra mesclada de gnomos, duendes e fantasmas, ao recriar a atmosfera ficcional das lendas e relatos populares, significou uma volta ao romantismo. Era vista, popularmente, como uma narradora que encarnava a arte dos contos populares. Claes Annerstedt, que fez o discurso de recepção para Selma por ocasião da entrega do Prêmio Nobel de Literatura, em dezembro de 1909, diria: Para ela a natureza, mesmo inanimada, possui vida própria, invisível e contudo real.[1]
Paul Johann Ludwig von Heyse (Berlin, 15 de março de 1830 — Munique, 2 de abril de 1914), foi um escritor alemão. Foi o primeiro escritor germanófono de literatura de ficção que recebeu em 1910 o Nobel de Literatura.
Maurice Polydore Marie Bernard Maeterlinck (Gante, 29 de agosto de 1862 — Nice, 5 de maio de 1949) foi um dramaturgo e ensaísta belga de língua francesa, e principal expoente do teatro simbolista.
Iniciou seus estudos num colégio jesuíta e estudou Direito na Universidade de Gante. Em 1885, publica seus primeiros poemas de inspiração parnasiana na revista literária e artística: Jeune Bélgique. Em 1886, deixa a profissão e transfere-se a Paris, onde estabelecerá relações com os escritores que mais o influirão: Stéphane Mallarmé e Villiers de l'Isle-Adam, e, depois de 1890, com Octave Mirbeau. Villiers fá-lo-á conhecer toda a profundidade do idealismo germânico (Hegel, Schopenhauer). Nessa mesma época, Maeterlinck estuda Ruysbroeck, o Admirável, um místico flamengo do século XIV. Isto o faz descobrir os recursos intuitivos do mundo literário alemão muito distante do racionalismo predominante na literatura francesa. Com esse espírito, e notavelmente influenciado por Novalis (George Philipp Friedrich von Hardenber) entra em contato com o romantismo de Iéna, autor de "August et Friedrich von Schlegel" e da revista "l’Atthenäum", precursor direto do simbolismo. Nas obras que Maeterlinck publica entre 1889 e 1896, reflete-se essa influência alemã. Em 1920 escreve "Monna Vanna", obra teatral que interpretará Georgette Leblanc, actriz a quem conheceu em 1895 e que será sua companheira até 1919, ano em que contrai matrimônio com a jovem Renée Dahon.
Em 1921 lecionou nos Estados Unidos da América e, neste país, passou a II Guerra Mundial. Durante uma breve estadia em Portugal escreveu o prefácio do discurso político de Salazar: Une revolution dans la paix.
Gerhart Hauptmann (Obersalzbrunn, Silésia, 15 de novembro de 1862 — Agnetendorf, Alemanha, 6 de junho de 1946) foi um romancista e dramaturgo alemão laureado com prêmio nobel de literatura em 1912, foi um dos responsáveis pela introdução das tendências naturalistas no teatro alemão, cujas peças evoluíram posteriormente para um complexo simbolismo metafísico e religioso.
Abandonou a escola aos 15 anos, trabalhou no campo, estudou escultura em Breslau por dois anos e interessou-se depois por história, filosofia e ciências. Radicou-se em Erkner, perto de Berlim (1885), onde passou a se dedicar à literatura e editou sua primeira peça, Vor Sonnenaufgang (1889). Depois apresentou Einsame Menschen (1891) e sua obra-prima Die Weber (1892), uma peça sobre uma revolta frustrada de proletários acuados pela mecanização e pela fome.
Outras peças clássicas de sua autoria foram Der Biberpelz (1893), Hanneles Himmelfart (1893), Fuhrmann Henschel (1899) e Rose Bernd (1903). O naturalismo, a luta de classes, ladrões sagazes e magistrados insapientes, à arrogância das autoridades prussianas etc, caracterizadas por um tom satírico foram a marca registrada de suas peças. Na virada do século começou a escrever peças poético-simbólicas, que não resistiram ao tempo. No romance Emanuel Quint der Narr in Christo (1910) mostrou como o evangelho seria recebido, se Cristo surgisse novamente no mundo.
Rabíndranáth Thákhur, ocidentalizado Tagore, (Calcutá, 6 de maio de 1861 — Calcutá, 7 de agosto de 1941) foi um escritor, poeta e músico indiano.
Nasceu em Calcutá, na Índia, e estudou Direito na Inglaterra de 1878 a 1880. Retornando ao país em 1890 para administrar propriedades agrícolas da família, dedica-se ao desenvolvimento da agricultura e a projetos de saúde e educacionais. Com formação filosófica, chega a criar uma escola em 1901, dedicada ao ensino das culturas e filosofias ocidentais e orientais. Sua obra poética compreende uma coleção de três mil poemas em língua bengali sobre temas religiosos, políticos e sociais.
A obra em prosa, orientada por preocupações humanistas, é extensa. Inclui oito novelas, 50 ensaios e contos. Como músico, compôs cerca de duas mil canções. O volume de poesias mais conhecido é Oferenda Poética (1913-1915). Seus últimos trabalhos, entre eles Cantos Musicais (1910), são classificados dentro do Simbolismo.
Tagore participou do movimento nacionalista indiano e era amigo pessoal de Mahatma Ghandi. Como escritor, tornou-se famoso na Índia já nos primeiros anos de carreira, alcançando notoriedade no Ocidente quando da publicação de seus textos traduzidos para o inglês, muitos deles pelo próprio autor. Tagore ganhou a admiração de escritores como William Butler Yeats, que assinou a apresentação de seu livro Gitangali em sua edição britânica.
Em 1913, torna-se o primeiro escritor asiático a ser agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura. Renuncia, em 1919, como forma de protesto contra a política britânica em relação ao Punjab, ao título de Sir concedido a ele pela Coroa Britânica em 1915.
O homem só ensina bem o que para ele tem poesia.
— Rabindranath Tagore
Romain Rolland (29 de janeiro de 1866 - 30 de dezembro de 1944) foi um novelista, biógrafo e músico francês. Ganhou o Nobel de Literatura em 1915.
Doutorou-se em Arte em 1895, foi professor de História da Arte na École Normale de Paris e professor de História da Música na Sorbonne. Para além da sua actividade docente, foi um reconhecido crítico de música. Estreou-se na escrita em 1897 com a peça Saint-Louis, que, juntamente com Aërt (1898) e Le Triomphe de la Raison (1899), fez parte da trilogia Les Tragedies de la Foi (1909). Em 1910 retirou-se do ensino para se dedicar inteiramente à escrita.
Na sua obra concilia o idealismo patriótico com um internacionalismo humanista. Escreveu peças de teatro, biografias (Vie de Beethoven, 1903; Mahatma Ganghi, 1924), um manifesto pacifista (Au-dessus de la mêlée, 1915) e dois ciclos romanescos: Jean-Christophe (10 vols., 1904-1912), "roman-fleuve" (segundo as palavras do autor) consagrado a um músico genial, e L'Âme enchantée (7 vols., 1922-1934). Em 1923, fundou a revista Europe.
Romain Rolland fez importante observação sobre o livro "O Futuro de uma Ilusão", de Sigmund Freud. Esta observação foi a premissa usada por Freud para escrever o livro seguinte "O Mal-estar na Civilização".
Quando o filósofo político italiano Antonio Gramsci escreveu, na prisão, que o "pessimismo da inteligência" não deveria abalar o "otimismo da vontade", estava citando Romain Rolland.
" Para o homem cuja mente é livre existe algo ainda mais intolerável nos sofrimentos dos animais do que no sofrimento humano. Pois no ultimo é ao menos admitido que o sofrimento é mau e que quem o causa é um criminoso. No entanto milhares de animais são chacinados desnecessariamente sem o mínimo remorso. Se algum homem se for referir a isso, será considerado ridículo. – E esse é o crime imperdoável." Em Jean-Christophe
"Quando a ordem é injusta, a desordem é já um princípio de justiça."
"A felicidade está em conhecer os nossos limites e em apreciá-los"
Jean-Christophe (1904 - 1912)
"O herói é o homem que faz o que pode"
"É o papel do artista criar a luz do sol quando o sol falha"
[editar] Sobre
Stefan Zweig, escritor austríaco contemporâneo e amigo de R. Roland, fala dele com grande admiração na sua autobiografia «O Mundo Que Eu Vi» (Die Welt von Gestern).
Obtido em "http://pt.wikiquote.org/wiki/Romain_Rolland"
Carl Gustaf Verner von Heidenstam (Suécia, 6 de Julho de 1859 — Estocolmo, 20 de Maio de 1940) foi um escritor sueco, galardoado com o prémio Nobel da literatura em 1916.
Knut Hamsun (4 de Agosto de 1859 - 19 de Fevereiro de 1952) foi um escritor norueguês vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1920.
Knut Hamsun nasceu em 1859 em Gudbrandsdalen, na região central da Noruega. Era o quarto filho de Peder Petersen, um habilidoso alfaiate, e Tora (Olsdatter Garmotraedet) Pedersen. Quando Hamsun tinha três anos, a família se mudou para a cidade de Hamarøy, há cerda 150km a norte do Círculo Polar Ártico. Lá Peder Petersen tomava conta de uma fazenda cujo dono era seu cunhado Hans Olsen que tomava conta da biblioteca da vila e de uma agência de postagem. Olsen sofreu uma doença degenerativa e cobrou da família Petersen o dinheiro que estes lhe deviam. Hamsun começou então a trabalhar para o tio cuidando da agência de postagem e cortando lenha para pagar o débito. Hamsun chamava o tio de "mensageiro da morte de barba vermelha".
Durante este período, Hamsun se voltou para os livros para aliviar a solidão (seu tio não permitia que ele encontrasse outras crianças). Hamsun quase não teve educação formal (ele apenas frequentou ocasionalmente aulas numa escola itinerante). Em 1873 Hamsun foi para Lom onde trabalhava como aprendiz numa loja. Ele voltou a Hamarøy no ano seguinte, e lá trabalhou em diversos empregos. Seu primeiro livro de ficçâo, Den Gaadefulde (1877), surgiu sob o nome de Knut Pedersen Hamsund - ele tinha 18 anos. Em 1884, depois de encontrar Mark Twain e escrever um artigo sobre ele, um erro de impressão comeu o 'd' do final de Hamsund. Hamsun aceitou seu novo nome.
No ano seguinte, Hamsun lecionou numa escola em Vesterålen, e publicou seu segundo romance, Bjørger (1878). Com a ajuda financeira de Erasmus Zahl, ele escreveu o romance Frida. Para sua decepção, o livro foi rejeitado em Copenhagen pelo editor Frederik Hegel. Quando solicitou apoio do escritor Bjørnstjerne Bjørnson (1832-1910), este lhe aconselhou a seguir carreira como ator. Em 1878 Hamsun se mudou para a Christiania (agora Oslo), onde viveu na miséria (seu romance mais conhecido - Fome é ambientado nesta cidade). Por algum tempo ele trabalhou na construção de uma rodovia. Entre 1882 e 1884 ela vagou pelos EUA. Voltando a Oslo, Hamsun continuou com sua carreira literária sem muito sucesso.
Em 1886 voltou aos EUA e lá ficou até 1888. Durante esse período trabalhou como condutor de bonde em Chicago, trabalhador de granja em Dakota do Norte e deu palestras em Mineápolis. Hamsun era considerado excêntrico pelos imigrantes Noruegueses, mas Kristofer Janson, pastor unitariano e escritor, permitiu que Hamsun desfrutasse de sua rica biblioteca. Dessa viagem nasceu Fra Det Moderne Amerikas Andsliv (1889), uma descrição satírica da América e sua vida cultural.
Hamsun conquistou sucesso em 1890 com Sult (Fome), uma história sobre um jovem escritor sem teto, incapaz de arranjar trabalho e morrendo de fome vagando pelas ruas da Christiania. Apesar de suas roupas estarem em farrapos e de sua aparência famélica, ele consegue manter sua dignidade e seu toco de lápis. O narrador vaga pelas ruas da cidade e eventualmente tem seus artigos publicados por jornais locais. Perdendo tufos de cabelos e incapaz de manter no estômago suas refeições duramente conseguidas, ele pega uma vaga como marujo num navio russo a caminho da Inglaterra.
O romance se torna conhecido, o que coloca Hamsun como um escritor de prestígio. Encorajado pelo recente sucesso, ele critica em suas palestras escritores renomados como Henrik Ibsen e Leon Tolstoy. Mysterier (1892) é um livro exuberante mas confuso, caótico, cheio de obscuro simbolismo. Pan (1894), escrito como se fosse um diário de um caçador, é uma história panteísta sobre a fuga da civilização urbana. Hamsun escreveu o romance durante os anos em que esteve em Paris (1893-1895).
Victoria (1898) é uma história de amor escrita no início de sua vida conjugal com Bergljot Gopfertin. Hamsun deu a sua filha, nascida em 1902, o nome de Victoria. Durante a primeira década do século XX, Hamsun viveu na Finlandia onde escreveu uma longa peça para teatro. Sua vida social ativa e o alto consumo de bebidas com artistas finlandeses acabaram por cansar sua mulher. Depois do divórcio em 1906, Hamsun começou a trabalhar no seu livro Under Høsttstæjrnen (1907). Em 1909 Hamsun casou-se com a atriz Marie Andersen; eles tiveram dois casais de filhos. Marie Hamsun, que era 23 anos mais nova que seu marido, descreveu seu casamento nos livros Regnbuen (1953) e Under gullregnen (1959). De acordo com Marie, eles dormiam em camas separadas - Hamsun queria um quarto só para si e precisava de privacidade não só para escrever mas também para ler e fumar cachimbo.
Em 1911 Hamsun deixa os círculos literários urbanos e muda-se para uma fazenda. Depois da publicação de Markens Grøde (Os Frutos da Terra) em 1917, ele se instala em Nørholm, no sul da Noruega. Lá ele divide seu tempo entre escrever e trabalhar na terra.
Os Frutos da Terra rendeu a Hamsun o Prêmio Nobel de Literatura. O protagonista é Isak que vive próximo aos elementos. É um idílio no estilo da poesia pastoral, agitado por um vento vigoroso de lirismo. Tudo parece fácil demais para Isak, o romance não dá qualquer imagem realista do desgaste que o homem vai sofrendo ao longo do tempo, sua imagem é idealizada, embelezada. Embora os sentimentos de Hamsun pela natureza não fossem meramente uma versão Norueguesa do Blut und Boden teutônico, suas idéias foram bem recebidas na Alemanha, onde tinha uma grande quantidade de leitores.
No período entre as guerras Hamsun virou um recluso. No início da década de 1930, ele escreveu Andstrykare (1930), August (1930) e Men Livet Lever (1933). Individualismo e antipatia à cultura ocidental moderna levaram-no a apoiar a Alemanha durante a ocupação da Noruega por esta na Segunda Guerra. Hamsun não desenvolveu essa atitude da noite para o dia - ele simpatizava com os Alemães porque na Primeira Guerra a opinião pública da Noruega dava apoio à França e à Gran-Bretanha.
Hamsun nunca filiou-se ao partido Nazista Norueguês, mas escreveu vários artigos pró-fascistas. Quando encontrou Adolf Hitler e Josef Goebbels em 1943, ele deu a Goebbels a medalha que recebeu por ocasião do Prêmio Nobel como prova de estima. Esses encontros inspiraram histórias, nas quais se diz que Hamsun salvava judeus dos nazistas. Entretanto, o jornalista e escritor Arne Tumyr indica, na sua biografia do autor, que essas histórias não eram verdade, e que o máximo que Hamsun conseguiu foi enfurecer Hitler com suas queixas sobre a conduta das tropas Alemãs na Noruega.
Depois da guerra, Hamsun ficou preso por algum tempo e sua mulher foi presa e condenada a três anos de trabalho forçado. Em 1945 Hamsun foi transferido para uma clínica psiquiátrica em Oslo. De lá mudou-se para um lar para pessoas idosas em Landvik. Marie foi interrogada e quando ela revelou detalhes íntimos de seu casamento, Hamsun se negou a vê-la por quatro anos.
Em 1947 Hamsun foi julgado e penalizado por suas opiniões políticas. Ignorando o conselho do advogado, ele negou-se a fingir senilidade e mostrou pouco remorso. Sobre a morte de Hitler ele escreveu: "Ele era um guerreiro, um guerreiro pela humanidade e um profeta da verdade e da justiça para todas as nações." Não é a toa que seus livros não vendiam muito nessa época.
De acordo com Harald S. Naess, editor do livro com as correspondências de Hamsun, o autor pretendia divorciar-se de sua mulher. Hamsun lançou em 1949 (ele tinha então 90 anos) um livro sobre suas opções políticas e seu ponto de vista em relação ao seu julgamento. O livro vendeu como água, mostrando que seus talentos ainda estavam intactos. Hamsun morreu em Nørholm, no dia 19 de fevereiro de 1952.
Jacques Anatole François Thibault, mais conhecido como Anatole France (16 de abril de 1844 em Paris - 12 de outubro de 1924 em Saint-Cyr-sur-Loire) foi um escritor francês. Seus livros apresentam um tom céptico. Publicou romances e contos que obtiveram grande sucesso, onde se revela possuidor de uma arte requintada e sutil. Seu primeiro grande êxito foi 0 Crime de Silvestre Bonnard, premiado pela Academia francesa. Outras obras são: Thais, 0 Lírio Vermelho, O poço de Santa Clara, A rebelião dos anjos, etc.
Segundo Fulgrosse, durante a guerra Franco-Prussiana (1870-1871), Anatole France participou na defesa de Paris como guarda nacional, integrado na 1ª Companhia do 20º Batalhão da Guarda Nacional do Sena (companhias de guerra), na reserva no reduto de Faisanderie (Joinville-le-Pont) enquanto decorria a batalha de Champigny, foi declarado impróprio ao serviço por ser de fraca constituição e passou a cívil em Janeiro de 1871. Foge de Paris no início da insurreição da Comuna de Paris.
Tendo sido primeiramente bibliotecário do Senado, foi eleito para a Academia francesa em 23 de janeiro de 1896, para a poltrona 38, onde ele sucede Ferdinand de Lesseps. Foi recebido na Academia Francesa em 24 de dezembro de 1896.
Anatole France apoiou a Émile Zola no caso Dreyfus; ao dia seguinte da publicação do "J'accuse", assinou a petição que pedia a revisão do processo. Devolveu sua Legião de Honra quando foi retirada a de Zola. Participou na fundação da Liga dos Direitos do Homem.
Foi laureado em 1921 com o Prêmio Nobel de Literatura pelo conjunto de sua obra.
“Ao ouvir tais palavras, pensei que é um grande erro ser desgraçado e que esse erro não se perdoa aos que foram, por muito tempo, dignos de inveja. A queda deles vinga e dá prazer aos outros – todos impiedosos.” [Carece de fontes?]
"A mentira é um vício apenas quando faz mal; quando faz bem é uma grande virtude." [Carece de fontes?]
"O que a juventude tem de melhor é a capacidade de admirar sem compreender." [Carece de fontes?]
"O futuro permanece escondido até dos homens que o fazem". [Carece de fontes?]
"Preferi sempre a loucura das paixões à sabedoria da indiferença". [Carece de fontes?]
"As grandes obras deste mundo foram sempre realizadas por loucos". [Carece de fontes?]
"Para realizar grandes conquistas, devemos não apenas agir, mas também sonhar; não apenas planejar, mas também acreditar." [Carece de fontes?]
"O coração dá vida a tudo que ama." [Carece de fontes?]
"Estar triste é quase sempre pensar em si mesmo." [Carece de fontes?]
"Trabalho distrai a vaidade, engana a falta de poder e traz a esperança de um bom evento." [Carece de fontes?]
"Se 5 bilhões de pessoas acreditam em uma coisa estúpida, essa coisa continua sendo estúpida". [Carece de fontes?]
"Não há governos populares. Governar é descontentar." [Carece de fontes?]
"Todas as misérias verdadeiras são interiores e causadas por nós mesmos. Erradamente julgamos que elas vêm de fora, mas nós é que as formamos dentro de nós, com a nossa substância." [Carece de fontes?]
"A escuridão envolve-nos a todos, mas enquanto o sábio tropeça em alguma parede, o ignorante permanece tranquilo no centro da sala." [Carece de fontes?]
] Obras
O Crime de Sylvestre Bonnard
“Eu tinha calçado os chinelos e vestido o roupão.”
“Ao ouvir tais palavras, pensei que é um grande erro ser desgraçado e que esse erro não se perdoa aos que foram, por muito tempo, dignos de inveja. A queda deles vinga e dá prazer aos outros – todos impiedosos.”
“Ah! Na minha idade sabe-se demais como como a vida é pouco inocente; sabe-se demais o que se perde, demorando neste mundo; e só se tem confiança na mocidade.”
Obtido em "http://pt.wikiquote.org/wiki/Anatole_France"
Jacinto Benavente y Martínez (Espanha, 12 de Agosto 1866 - 14 de Julho 1954), foi um dramaturgo e crítico espanhol galardoado com o prémio Nobel de Literatura em 1922. Nasceu em Madrid e estudou na Universidade desta mesma cidade.
Frases de Jacinto Benavente: "Muitas pessoas pensam que ter talento é uma sorte; poucas, no entanto, pensam que a sorte possa ser questão de talento."
"O amor é como Don Quixote: quando recobra a razão, é para morrer."
"O verdadeiro amor não se conhece pelo que exige, mas pelo que oferece."
"Muitos pensam que ter talento é sorte; a ninguém ocorre que a sorte possa ser uma questão de talento."
-Fonte: Revista Caras, Edição 674.
"O amor é o mais parecido com uma guerra, e é a única guerra em que é indiferente vencer ou ser vencido, porque sempre se ganha."
Obtido em "http://pt.wikiquote.org/wiki/Jacinto_Benavente"
William Butler Yeats, muitas vezes apenas designado por W.B. Yeats, (Dublin, 13 de Junho de 1865 — Menton, França, 28 de Janeiro de 1939) foi um poeta irlandês, dramaturgo, místico e figura pública. Yeats teve um papel preponderante no Renascimento Literário Irlandês e foi co-fundador do Abbey Theatre.
As suas primeiras obras eram caracterizadas por uma tendência romântica exuberante e fantasiosa, que transparece no título da sua colectânea de 1893, The Celtic Twilight ("O Crepúsculo Celta"). Mais tarde, contudo, por volta dos seus 40 anos, e em resultado da sua relação com poetas modernistas, como Ezra Pound e também do seu envolvimento activo no nacionalismo irlandês, o seu estilo torna-se mais austero e moderno.
Foi também senador irlandês, cargo que exerceu com dedicação e seriedade. Foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura de 1923. O Comité de entrega do prémio justificou a sua decisão pela "sua poesia sempre inspirada, que através de uma forma de elevado nível artístico dá expressão ao espírito de toda uma nação." Em 1934 compartilhou o Prémio Gothenburg para poesia com Rudyard Kipling.
Yeats nasceu em Sandymount, Dublin. O seu pai, John Butler Yeats descendia de Jervis Yeats, um comerciante de linho da época de Guilherme III de Inglaterra, que morrreu em 1712 e cujo avô, Benjamin, casou com Mary Butler, filha de uma família com propriedades no Condado de Kildare. Por altura do seu casamento, John Yeats estava a estudar direito, mas abandonou rapidamente os estudos para se dedicar a uma carreira como pintor de retratos. A sua mãe, Susan Mary Pollexfen, provinha de uma família anglo-irlandesa do Condado de Sligo. Pouco depois do seu nascimento, Yeats mudou-se para Sligo, para aí permanecer com a sua grande família. Yeats sempre considerou este o seu lar de infância por excelência. A família Butler Yeats era muito dedicada às artes. O irmão de William, Jack, tornar-se-ia um conhecido pintor e as suas irmãs, Elizabeth e Susan, fizeram ambas parte do movimento Arts and Crafts.
Finalmente, a família mudou-se para Londres para permitir a John prosseguir a sua carreira. De início, os filhos da família Yeats foram educados em casa. A sua mãe, com saudades de Sligo, entretinha os filhos com contos populares do seu condado de origem. Em 1877, William entrou para a escola Godolphin, onde estudou quatro anos. Pelo que parece, não gostou da experiência e não se distinguiu particularmente entre os seus colegas, academicamente. Por razões financeiras, a família voltou para Dublin cerca de 1880, vivendo primeiro no centro da cidade e, mais tarde, no subúrbio de Howth.
Em Outubro de 1881, Yeats retomou a sua formação académica na Erasmus Smith High School de Dublin. O estúdio do seu pai estava localizado ali perto e foi aí que Yeats começou a conviver com muitos artistas e escritores da cidade. Manteve-se na escola secundária até Dezembro de 1883. Começou a escrever poesia por esta altura.
[editar] Primeiras obras poéticas
Em 1885, os primeiros poemas de Yeats, bem como um ensaio designado por The Poetry of Sir Samuel Ferguson, são publicados na Dublin University Review. De 1884 a 1886, frequentou a Metropolitan School of Art (hoje designada como National College of Art and Design) em Kildare Street.
Ainda antes de escrever poesia que Yeats associava poesia a ideias e sentimentos religiosos. Descrevendo a sua infância, diria mais tarde que a sua única crença inabalável consistia em acreditar que se houvesse algo na filosofia que tivesse tomado a forma de poesia era a ideia de que se tinha sido "um espírito poderoso e benevolente a dar forma ao destino deste mundo, podemos descobrir melhor esse destino através das palavras que o coração acolheu no seu desejo do mundo".
As primeiras tendências poéticas de Yeats inspiram-se nos mitos e folclore irlandês, bem como na prosódia e coloratura dos versos pré-Rafaelitas. A sua maior influência nestes primeiros anos - e que se manteve, provavelmente, ao longo de toda a sua carreira poética foi Percy Bysshe Shelley. Num ensaio sobre Shelley, escrito mais tarde, escreveu "reli o Prometeu Libertado... E parece-me que que tem um lugar ainda mais seguro do que pensava entre os livros sagrados deste mundo."
O primeiro poema com alguma importãncia de Yeats foi The Isle of Statues (A Ilha das Estátuas), uma obra de cariz fantástico que foi buscar Edmund Spenser para modelo poético. Depois de ter saído com um número da Dublin University Review nunca mais foi republicado. O seu primeiro livro publicado foi o panfleto Mosada: A Dramatic Poem (1886), que já tinha aparecido na mesma revista - a nova impressão, em formato de livro teve uma edição de 100 cópias pagas pelo seu pai. Seguiu-se The Wanderings of Oisin and Other Poems (As peregrinações de Oisin e outros poemas) (1889). Este longo título da mais antiga obra de Yeats que não foi renegada na sua maturidade baseava-se em poemas do Ciclo Feniano da Mitologia irlandesa. Este poema, que levou dois anos a ser completado, é ainda marcado pelo estilo de Ferguson e dos pré-Rafaelitas, ao mesmo tempo que inaugurava um dos temas mais presentes na obra de Yeats: o apelo de uma vida de contemplação versus o apelo de uma vida de acção. Depois das Peregrinações de Oisin, Yeats não voltou a escrever poemas longos. Os seus outros poemas inaugurais são canções líricas que versam o amor, além de temas esotéricos e místicos.
A família de Yeats voltou para Londres em 1887, e em 1890, Yeats co-fundou o Rhymer's Club com Ernest Rhys. Este grupo de poetas, partilhando ideias e convicções, reunia-se regularmente e começou a publicar antologias em 1892 até 1894. Entre outras colectâneas iniciais podemos citar Poems (1895), The Secret Rose (1897) e The Wind Among the Reeds (O vento entre os juncos) (1899). O Renascimento Literário Irlandês e o Teatro Abbey
Em 1889, Yeats conheceu Maud Gonne, uma jovem herdeira que começava, na altura, a dedicar-se ao movimento nacionalista irlandês. Gonne tinha lido o poema The Isle of Statues e procurou conhecer o seu autor. Yeats mostrou desde cedo uma paixão cega e obsessiva em relação a Gonne, que teria um efeito significativo na sua vida e poesia posterior. Dois anos depois de se conhecerem, Yeats pediu-a em casamento, mas foi rejeitado. Em 1899, 1900 e 1901, o poeta tentou por mais três vezes a sua sorte mas foi sempre rejeitado. Em 1903 perdeu as esperanças, com o casamento de Gonne com o nacionalista irlandês John MacBride. Neste mesmo ano, Yeats deixou o país para realizar uma digressão de conferências nos Estados Unidos da América. Teve, entretanto, um caso com Olivia Shakespeare, que conheceu em 1896, mas de quem se separou um ano depois.
Também em 1896, foi apresentado a Lady Gregory pelo seu amigo comum Edward Martyn. A Lady encorajou o nacionalismo de Yeats, convencendo-o a continuar a escrever peças dramáticas. Ainda que fosse influenciado pelo simbolismo francês, Yeats procurou sempre focar conteúdos e temas relacionados com a Irlanda. Esta sua inclinação foi reforçada pelo seu envolvimento na nova geração de jovens autores emergentes irlandeses. Em conjunto com Lady Gregory e Martyn, bem como de escritores como John M. Synge, Sean O'Casey, Padraic Colum e James Stephens, Yeats foi um dos responsáveis pelo estabelecimento do movimento literário que ficou conhecido como Renascimento Literário Irlandês (também designado de Renascimento Celta).
Além destes escritores, que constituíam a parte criativa do movimento, muito da energia desta corrente literária derivou das traduções levadas a cabo por muitos académicos que abriam novos horizontes ao trazerem a descoberto as antigas sagas e a poesia Ossiânica (de Ossian), bem como pela valorização das mais recentes canções folclóricas em gaélico. Um destes académicos mais brilhantes foi Douglas Hyde, que tornar-se-ia o primeiro Presidente da Irlanda, cujas Love Songs of Connacht (Canções amorosas de Connacht) são muito admiradas.
Uma das maiores e mais duradouras conquistas deste Renascimento foi a fundação do Teatro Abbey. Em 1899, Yeats, Lady Gregory, Martyn e George Moore fundaram o Teatro Literário Irlandês. Este não teve, contudo, grande sucesso e sobreviveu apenas por dois anos. Depois, ao trabalhar em conjunto com dois irmãos com experiência no meio teatral, William e Frank Fay, bem como a secretária voluntária de Yeats, Annie Elizabeth Fredericka Horniman (uma inglesa de posses que já estivera envolvida na apresentação de Arms and the Man (O Homem e as armas), de George Bernard Shaw, em Londres, em 1894), o grupo estabeleceu a Irish National Theatre Society (Sociedade do Teatro Nacional Irlandês). Pouco depois, estavam em condições de, em conjunto com John Millington Synge, adquirir um edifício em Dublin onde abriram o Abbey Theatre, a 27 de Dezembro de 1904. Duas das peças de Yeats inauguraram a casa. Yeats continuou ligado a este teatro para o resto da vida, tanto como membro da direcção como dramaturgo particularmente prolífico.
Em 1902, Yeats ajudou a fundar a Dun Emer Press onde seriam publicadas obras de escritores ligados ao Renascimento. A editora mudou de nome para Cuala Press em 1904. Daí em diante, até fechar as portas em 1946, a editora, mantida pelas irmãs do poeta, editou mais de 70 obras, sendo 48 do próprio Yeats. O poeta passou o verão de 1917 com Maud Gonne. Desta vez, pediu em casamento a filha desta, Iseult, mas recebeu a mesma resposta que já tivera da mãe. Em setembro, pedia a mão a George Hyde-Lees, com melhor sorte, casando-se a 20 de Outubro. Por esta altura, comprou o Castelo Ballylee, perto de Coole Park, mudando-lhe o nome para Thoor Ballylee. Foi nesta fortificação que passou a maior parte das épocas estivais que se seguiram até à sua morte.
Yeats teve, ao longo de toda a sua vida, um interesse enorme pelo misticismo e pelo espiritualismo. Em 1885 formou com alguns amigos a Dublin Hermetic Order (Ordem Hermética de Dublin). Esta sociedade realizou a sua primeira reunião a 16 de Junho, com Yeats a presidi-la. No mesmo ano, a Loja Teosófica de Dublin arranca com o envolvimento de Brahmin Mohini Chatterjee. Yeats participou da sua primeira sessão no ano seguinte. Em 1900 torna-se dirigente da Hermetic Order of the Golden Dawn (Ordem Hermética do Alvorecer Dourado), de que fazia parte desde 1890. Depois do seu casamento mostrou também interesse por uma forma de escrita automática, que desenvolveu com a sua mulher.
As inclinações místicas de Yeats, influenciadas pela religião Hindu (Yeats traduziu Os dez principais Upanishads (1938) com Shri Purohit Swami), crenças teosóficas e pelo ocultismo, serviriam mais tarde de base para a sua poesia, o que levou alguns críticos a atacá-lo de falta de credibilidade intelectual. W. H. Auden criticou o seu último estádio poético como sendo um espectáculo deplorável de um homem maduro ocupado com o nonsense indiano. Contudo, é inegável que Yeats escreveu muita da sua mais duradoura poesia nesta altura. A metafísica das últimas obras de Yeats devem ser lidas relacionando-as com os princípios expostos em A Vision (1925), lido hoje em dia mais como um documento essencial para a compreensão deste último período poético do que pelo seu valor filosófico efectivo.
[editar] Modernismo
Em 1913, Yeats conheceu o jovem poeta norte-americano Ezra Pound. Pound tinha viajado até Londres, em parte com a intenção de conhecer Yeats, que considerava "o único poeta merecedor de um estudo sério". A partir dessa altura até 1916, os dois passaram os invernos numa casa de campo na Floresta de Ashdown, com Pound a exercer as funções de secretário de Yeats. Pound tinha preparado um publicação de versos de Yeats na revista Poetry, com as suas próprias alterações não autorizadas, reflectindo a aversão de Pound pela prosódia victoriana. Contudo, estas diferenças não impediram que se tivessem apercebido de tudo o que podiam aprender um com o outro. Um exemplo era o conhecimento que Yeats obtivera sobre as peças de teatro Japonês Noh que lhe foram apresentadas pela viúva de Ernest Fenollosa e que lhe serviriam de modelo para o tipo de drama aristocrático que pretendia escrever. A primeira das suas peças inspiradas no teatro Noh foi At the Hawk's Well cujo primeiro esboço foi ditado a Pound em Janeiro de 1916.
Yeats é, geralmente, considerado um dos poetas chave em língua inglesa do século XX. Ao contrário dos outros poetas modernistas, cultores do verso livre, Yeats era um mestre das formas poéticas tradicionais. O impacto do modernismo na obra de Yeats pode notar-se no abandono da dicção poética convencional dos primeiros anos da sua obra, para uma linguagem mais austera e uma abordagem mais directa dos temas característicos da sua poesia e teatro da fase intermédia, como acontece nas obras In the Seven Woods, Responsibilities, e The Green Helmet.
[editar] Política
Não foi só em termos literários que Yeats mudou de parecer, nesta altura. As suas preocupações políticas abandonaram por esta altura a esfera da política cultural em que se tinha envolvido nos primeiros anos do Renascimento Irlandês. Na sua obra dramática inicial, a sua postura essencialmente aristocrática levou-o a idealizar a classe camponesa irlandesa, revelando uma certa vontade de ignorar a pobreza e sofrimento real do quotidiano camponês. Contudo, a emergência de um movimento político importante nas fileiras da classe média católica obrigou-o a alterar a sua atitude.
As novas tendências políticas de Yeats são manifestas no seu poema September 1913 (Setembro de 1913), com o seu conhecido refrão "Romantic Ireland's dead and gone,/It's with O'Leary in the grave" ("A Irlanda Romântica está morta,/Jaz com O'Leary na sepultura"). Este poema é um ataque aos patrões de Dublin envolvidos na famosa greve de 1913, em defesa das tentativas de James Larkin em organizar o movimento trabalhista irlandês. Na Páscoa de 1916, com a seu igualmente famoso "All changed, changed utterly:/A terrible beauty is born" (Tudo mudou, mudou subitamente:/Uma terrível beleza nasceu"), Yeats defronta a sua falha em reconhecer os méritos dos líderes da Insurreição da Páscoa apenas devido às suas origens e vidas humildes.
Yeats foi nomeado para o Seanad Éireann em 1922 onde, entre outras coisas, presidiu o comité encarregado de seleccionar os desenhos para a primeira cunhagem de moeda da Irlanda Livre. Teve um papel de relevo no debate em relação à legislação anti-divórcio, em 1925, da qual era opositor. Descreveu-se a si mesmo, enquanto figura pública, apenas como "A sixty-year-old smiling public man" ("uma figura pública sorridente de sessenta anos de idade"), como se pode ler no seu poema de 1927, "Amongst School Children". Saiu do Senado em 1928 devido a problemas de saúde.
As atitudes essencialmente aristocráticas, bem como a convivência com Pound, levaram-no a expressar por diversas vezes a sua admiração por Mussolini. Escreveu também algumas canções de "marcha" para os camisas azuis do general Eoin O'Duffy, um movimento político com tendências fascistas (as canções nunca foram usadas pelo movimento). Contudo, quando Pablo Neruda o convidou a visitar Madrid em 1937, Yeats respondeu-lhe numa carta onde defendia a República e repudiava o Fascismo. As tendências políticas de Yeats eram, portanto, confusas e ambíguas: nunca se tendo mostrado simpatizante da esquerda (e da democracia), distanciou-se também do Nazismo e do Fascismo nos últimos anos da sua vida. Esteve também envolvido num movimento a favor da eugenia (apuramento da raça).
[editar] Obra tardia
Nos seus últimos poemas e peças teatrais, Yeats abandonou os temas políticos que caracterizavam o período intermédio da sua obra e começou a inspirar-se no seu universo pessoal, incluindo os filhos e a experiência do envelhecimento. O próprio Yeats, no poema "The Circus Animals' Desertion", publicado na sua última colectânea, descreve o seu processo criativo com os seguintes versos "Now that my ladder's gone,/I must lie down where all the ladders start/In the foul rag and bone shop of the heart" (proposta de tradução, não literal: "Agora que a minha ascensão terminou,/Devo repousar onde todas as ascensões começam/Nos trapos imundos e ossuário do coração").
Em 1929, habitou Thoor Ballylee pela última vez. Passou a maior parte dos seus últimos dias fora da Irlanda, ainda que tenha alugado uma casa em Rathfarnham, um subúrbio de Dublin, a partir de 1932. Foi muito produtivo nos últimos anos da sua vida, publicando poesia, peças e prosa. Em 1938, foi ao Teatro Abbey pela última vez, assistir à estreia da sua peça Purgatory. A sua autobiografia, Autobiographies of William Butler Yeats, foi publicada no mesmo ano.
Depois de sofrer de diversas mazelas, por alguns anos, Yeats morre no Hôtel Idéal Séjour, em Menton, França, a 28 de Janeiro de 1939, oito meses antes da Invasão alemã da Polónia. O seu último poema, The Black Tower refere-se ao mito do Rei Artur. Pouco depois, Yeats era sepultado provisoriamente em Roquebrune, até que, de acordo com o seu desejo, o seu corpo foi levado na corveta Irish Macha até Drumecliff, em Sligo, em Setembro de 1948. A sua sepultura é uma atracção turística importante em Sligo. O seu epitáfio, que repete o final de um dos seus poemas, Under Ben Bulben reza: "Cast a cold eye on life, on death; horseman, pass by!" ("Lança um olhar gélido à vida, à morte; cavaleiro, segue em frente!"). Sobre esta localidade, onde repousam os seus restos mortais, disse certa vez: "the place that has really influenced my life most is Sligo" ("Sligo foi, realmente, o local que mais influenciou a minha vida"). Sligo ostenta ainda uma estátua e um memorial em honra de Yeats.
George Bernard Shaw (Dublin, 26 de julho de 1856 — Ayot Saint Lawrence, 2 de novembro de 1950) foi um escritor, jornalista e dramaturgo irlandês, autor de comédias satíricas que o tornaram espírito irreverente e inconformista.
Filho de uma tradicional mas empobrecida família protestante, foi de início instruído por um tio, mas rejeitou a educação escolar e aos 16 anos empregou-se em um escritório. Adquiriu amplo conhecimento artístico graças à mãe, Lucinda Elizabeth Gurly Shaw, e às freqüentes visitas à National Gallery da Irlanda. Decidido a se tornar escritor, foi morar em Londres em 1876, porém por mais de dez anos seus romances foram recusados por todos os editores da cidade, assim como a maior parte dos artigos enviados à imprensa. Tornou-se vegetariano, socialista, orador brilhante, polemista e fez as primeiras tentativas como dramaturgo.
Em 1885 conseguiu um trabalho fixo na imprensa e, durante quase uma década, escreveu resenhas literárias, críticas de arte e brilhantes colunas musicais. Sua atividade literária, em especial a produção teatral, foi uma seqüência de sucessos; destacou-se também na crítica literário, teatral e musical, na defesa do socialismo, criação de panfletos, ensaios sobre assuntos políticos, econômicos e sociais, sendo ainda um prolífico epistológrafo. Como crítico de teatro da Saturday Review (1895), atacou insistentemente a pobreza qualitativa e artística da produção teatral vitoriana.
Durante a Primeira Guerra Mundial, interrompeu sua produção teatral e publicou um polêmico panfleto, Common Sense About the War, no qual considerava o Reino Unido, os aliados e os alemães igualmente culpados e reivindicava negociações de paz.
Recusou o Prêmio Nobel de Literatura (1925) e, em suas últimas peças, intensificou as pesquisas com a linguagem não-realista, simbolista e tragicômica. Por cinco anos deixou de escrever para o teatro e dedicou-se ao preparo e publicação da edição de suas obras escolhidas (1930-1938), e ao tratado político The Intelligent Woman's Guide to Socialism and Capitalism (1928). A sua correspondência também foi publicada, destacando-se a troca de cartas com o escritor H. G. Wells.
Henri-Louis Bergson (Paris, 18 de outubro de 1859 — Paris, 4 de janeiro de 1941) foi um filósofo e diplomata francês.
Conhecido principalmente por Matière et mémoire e L'Évolution créatrice, sua obra é de grande atualidade e tem sido estudada em diferentes disciplinas - cinema, literatura, neuropsicologia, entre outras.
Em 1927, obteve o Prêmio Nobel de Literatura[1].
Henri Bergson era filho de mãe inglesa e pai polaco. Viveu com os seus pais alguns anos em Londres, mas aos nove anos regressou a Paris, seu local de nascimento, onde se naturalizou francês. Ali fez os seus estudos, licenciando-se em Letras e em 1881 tornou-se professor, dando aulas em várias localidades de França. Em 1889 obteve o doutoramento em Letras pela Universidade de Paris, com uma tese sobre Aristóteles. No ano seguinte obteve um lugar como professor no Collège de France.
A partir de 1925, passa a sofrer de um reumatismo deformante, que o deixará semiparalisado, a ponto de impedi-lo de ir a Estocolmo para receber o Nobel de Literatura de 1927. Faleceu em 1941, aos 81 anos.
"A idéia do futuro, prenhe de uma infinidade de possíveis, é pois mais fecunda do que o próprio futuro, e é por isso que há mais encanto na esperança do que na posse, no sonho do que na realidade."
- Fonte: "Ensaio sobre os dados imediatos da consciência"
"Falhamos ao traduzir exactamente o que se sente na nossa alma: o pensamento continua a não poder medir-se com a linguagem."
Duração
"...o que é duração pura exclui toda idéia de justaposição, de exterioridade recíproca e de extensão"
- Fonte: "Introdução à Metafísica"
"...não há estado de alma, por mais simples que seja, que não mude a cada instante, pois não há consciência sem memória, não há continuação de um estado sem adição, ao sentimento presente, da lembrança de momentos passados. Nisto consiste a duração. A duração interior é a vida contínua de uma memória que prolonga o passado no presente, seja porque o presente encerra distintamente a imagem incessantemente crescente do passado, seja, mais ainda porque testemunha a carga sempre mais pesada que arrastamos atrás de nós, à medida que envelhecemos. Sem esta sobrevivência do passado no presente, não haveria duração, mas somente instantaneidade"
- Fonte: "Introdução à Metafísica"
Pensamento
"Pensar consiste, ordinariamente, em ir dos conceitos às coisas, e não das coisas aos conceitos."
- Fonte: "Introdução à Metafísica"
Obtido em "http://pt.wikiquote.org/wiki/Henri_Bergson"
Thomas Mann (Lübeck, 6 de Junho de 1875 — Zurique, 12 de Agosto de 1955) foi um romancista alemão, considerado por alguns como um dos maiores romancistas do século XX, tendo recebido o Prémio Nobel da Literatura em 1929. Foi o irmão mais novo do romancista Heinrich Mann e o pai de Klaus, Erika, Golo (aliás Angelus Gottfried Thomas), Monika, Elisabeth e Michael Thomas Mann.
Filho do comerciante Johann Heinrich Mann e da brasileira Júlia da Silva Bruhns, nasceu no estado de Schleswig-Holstein, norte da Alemanha, onde mais de 90% da população é protestante. A família de Thomas Mann detinha ali um negócio há várias gerações.
Em 1892 (quando tinha dezessete anos) morre o seu pai, com o que os negócios da família são abandonados. No ano seguinte, ele escreve alguns textos em prosa e artigos para a revista "Der Frühlingssturm" (a tempestade de Primavera) que ele co-edita. Na mesma época, apaixona-se por Wilri Timppe, filho de um de seus professores. Anos mais tarde, inspirar-se-ia em Timppe para criar Pribslav Hippe, personagem de "A Montanha Mágica".
Em 1894 (com dezenove anos), junta-se à mãe em Munique, cidade católica do sul da Alemanha. Júlia tinha mudado para Munique com o resto da família um ano antes e se instalado no bairro boêmio de Schwabing. Rapidamente, a Senhora Mann tornou-se uma agitadora cultural e oferecia saraus literários e festas em sua casa.
Em Munique, Mann fez um estágio não remunerado numa sociedade de seguros, mas acabou por abandonar esta atividade em 1895, tornando-se escritor livre.
Entre 1896 e 1898, Thomas Mann tem uma longa visita a Palestrina (Itália), de visita ao seu irmão mais velho Heinrich Mann, também ele um romancista e que se tornou famoso mais cedo do que Thomas. Thomas acompanha o irmão nos seus passeios a Roma e por outros lugares da Itália. Thomas Mann começou a trabalhar no manuscrito de "Buddenbrooks" em Itália. De volta a Munique, tornou-se um dos editores do jornal satírico/humorístico "Simplicissimus".
Por essa época, apaixonou-se por Paul Ehrenberg, um amor conturbado e não correspondido, mas que definiria mais tarde como a "experiência central de seu coração". Resolve servir o exército, mas se arrepende. A família intervém e corrompe um médico para conseguir afastá-lo por falsos problemas de saúde.
Em 1901 é editado "Buddenbrooks". Thomas Mann torna-se famoso. Curiosamente, o editor (Fischer Verlag) tentou convencer Thomas Mann a encurtar o livro. Thomas Mann não assentiu e o livro foi publicado na íntegra. Em jeito de retrospectiva, Thomas Mann disse que julgava que o livro iria passar despercebido e seria possivelmente o fim da sua carreira literária. A realidade foi bem diferente, como ele conclui com ironia.
A 11 de Fevereiro de 1905, casou-se com Katia Pringsheim, pertencente a uma proeminente e secular família judia de intelectuais. Katia era neta da activista pelos direitos da mulher Hedwig Dohm. Nos anos seguintes nascem seus filhos Erika, Klaus, Golo (na verdade Angelus Gottfried Thomas), Monika, Elisabeth e Michael.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Thomas Mann entra em conflito com o irmão Heinrich Mann. Não se irão encontrar por alguns anos. Thomas acolheu com agrado a entrada da Alemanha na guerra. Tomava-se por patriota. Defendeu a política do Kaiser Guilherme II, em oposição directa a Heinrich Mann, que se via do lado da França e da "Civilization" (termo de Thomas). Thomas Mann chegou mesmo a penhorar a casa que possuía em Bad Tölz em 1917 a favor do esforço de guerra. A mãe, Júlia da Silva Bruhns, escreveu aos irmãos tentando amenizar o conflito. A perspectiva de Thomas Mann ao longo deste período encontra-se sumariada no romance "A montanha mágica", escrito entre 1912 e 1924.
Em 1929, Thomas Mann torna-se ainda mais famoso, ganhando o prémio Nobel da Literatura. O júri justifica-se aludindo a Buddenbrooks. Nenhuma menção a "A montanha mágica", romance em que o escritor revela simpatias democráticas.
Emigrou da Alemanha Nazista para Küsnacht, próximo a Zurique, Suíça, em 1933, o ano da chegada ao poder de Hitler. Durante o regime nazista, o jornal Völkischer Beobachter (Observador Popular) publicava as chamadas listas de expatriados. Os nomes de Thomas Mann, sua mulher e seus filhos mais novos constavam da lista número 7. Dos mais velhos – Erika e Klaus – já havia sido retirada a cidadania alemã.
Após ter perdido a nacionalidade alemã a 2 de dezembro de 1936, Thomas Mann permaneceu na Suíça até 1938, mudando-se então para os Estados Unidos. Inicialmente, trabalha como convidado em Princeton, mas o ambiente acadêmico o entediava. Assim, decide mudar para Pacific Palisades, EUA, em 1941. Em 1944, obteve a cidadania americana. Tornou-se uma figura política reconhecida e consta que Roosevelt chegou a cotar seu nome para assumir o governo alemão na pós-Guerra.
Diante da perseguição aos intelectuais emigrados impetrada em meio ao MacCarthismo, Mann retornou à Europa em 1952. Viveu em Kilchberg, próximo a Zurique, na Suíça, até à sua morte, em 1955.
Thomas Mann ganhou repercussão internacional, aos 26 anos, com sua primeira obra, Os Buddenbrooks (Buddenbrooks), um romance que conta a história de uma família protestante de comerciantes de cereais de Lübeck ao longo de três gerações. Fortemente inspirado na história de sua própria família, o romance foi lido com especial interesse pelos leitores de Lübeck que descobriram ali muitos traços de personalidades conhecidas. A publicação deste livro valeu a Thomas Mann uma reprimenda de um tio, que o acusou de ser um "pássaro que emporcalhou o próprio ninho".
Thomas Mann é também um romancista analítico, que descreve como poucos a tensão entre o carácter nórdico, protestante, frio e ascético (características típicas da sua Lübeck natal) e os personagens mais rústicos, simples, bonacheirões, das zonas católicas, de onde se destaca o senhor "Permaneder", o paradigma do Bávaro de Munique, em "Os Buddenbrooks". Esta tensão interior tornou-se patente durante a sua estadia em Palestrina, Itália, onde visitava o irmão, e onde começou a escrever os "Buddenbrooks". Thomas Mann viveu entre estes dois mundos, tal como o irmão. Por um lado a origem familiar e o ambiente da ética protestante de Lübeck, por outro lado a voz interior e a influência de sua mãe brasileira, que o faziam interessar-se menos pelos negócios e mais pela literatura. A influência da mãe acabou por levar a melhor. Thomas Mann via na família Buddenbrook um exemplo de uma família em decadência, onde os descendentes não saberiam levar avante o negócio que herdaram. Não sabia, no entanto, que, ao publicar "Os Buddenbrooks" estava, não só a enterrar definitivamente a linha "comerciante" da sua família mas, também, a estabelecer-se como um escritor de renome. Ironicamente, os seus filhos iriam manter esta nova tradição (literária) da família, em especial Klaus e Erika.
No romance A Montanha Mágica ("Der Zauberberg"), publicado pela primeira vez em 1924, Thomas Mann faz um retrato de uma Europa em ebulição, no eclodir da Primeira Guerra Mundial.
Escreveu romances, ensaios e contos. Psicólogo penetrante e estilista consumado, sua extensa obra abrange desde contos até escritos políticos, passando por novelas e ensaios. Nobel de Literatura (atribuído pel' Os Buddenbrooks), em 1929, Thomas Mann é autor de clássicos da literatura como Morte em Veneza & Tonio Kröger, Confissões do impostor Felix Krull, As cabeças trocadas e José e seus irmãos.
Muitos dos seus romances lidam com a tensão entre a veia artística, rebelde e funesta por um lado, e a boa cidadania, cumpridora da lei, das tradições e bons costumes.
Quando Thomas Mann tinha quinze anos, o irmão Heinrich tomou conhecimento da sua orientação sexual. Surpreendido, achando esta história algo de divertido mas sem fazer grande ruído sobre o assunto, Heinrich sugere a Thomas Mann que tente tratar o "problema" com uma "cura de sono".
Os diários de Thomas Mann, que foram mantidos em sigilo até 1975, revelam um Thomas Mann em luta interior com os seus desejos homossexuais, que se tinham tornado patentes em várias de suas obras. Mann descreve no seu Diário os seus sentimentos pelo jovem violinista e pintor Paul Ehrenberg, que ele descreve como uma "experiência central do meu coração".
A maioria dos comentadores é da opinião que a homossexualidade de Thomas Mann foi reprimida e que a escrita era para ele uma forma de compensar esse constrangimento. É preciso lembrar que até a primeira metade do século XX, a homossexualidade era vista como um desvio sexual e motivo para tratamento psiquiátrico. Assim, a repressão de seus sentimentos não se devia por uma incapacidade pessoal, antes por um contexto social e histórico homofóbico. Não existia ainda a idéia do "assumir-se", pois a identidade homossexual não era socialmente aceita e implicava exposição a insultos, abjeção pública e perseguição de todo tipo.
Segundo Richard Miskolci, em seu livro "Thomas Mann, o Artista Mestiço" (2003), a questão de uma sexualidade inaceitável para a época é um dos componentes mais importantes nas obras do autor alemão. O homoerotismo emerge como problemática intrínseca ao artista desde suas primeiras histórias (O Pequeno Sr. Friedmann, Os Buddenbrooks, Tonio Krôger) até nas obras mais reconhecidas (A Morte em Veneza, A Montanha Mágica e Doutor Fausto).
6 de Junho de 1875 - Nascimento de Thomas Mann
1900 (com 25 anos) - Publicação do "Buddenbrooks" -TM torna-se famoso
1915 (com 40 anos) - Publicação de ensaio sobre Friedrich, o Grande da Prússia. Mann justifica a entrada da Alemanha na Primeira Guerra Mundial. Corta relações com o seu irmão Heinrich, do lado da "civilização".
1918 (43 anos) - Publicação de "Observações de um apolítico" - Mann demonstra aqui estar ainda na sua fase nacionalista conservadora. Mantém a sua defesa da política da Alemanha. Ainda um monarquista.
1922 (47 anos) - Famoso discurso de Thomas Mann em Berlim - "Von deutscher Republik" - Defende a República de Weimar. Thomas Mann é um "Vernunftrepublikaner" (Republicano por motivos racionais - e não emocionais). Neste mesmo ano teve lugar um acontecimento apontado por alguns historiadores (como Manfred Görtemaker) que terão levado Thomas Mann a transformar-se politicamente (favoravelmente à democracia): o assassínio do ministro dos negócios estrangeiros, o judeu Walter Rathenau por elementos da extrema direita próximos de Hitler.
1930 (55 anos) - Novo discurso famoso em Berlim, no Beethoven-Saal - Deutesche Ansprache, ein Appel an die Vernunft" - Um apelo à razão, tentativa de aviso aos alemães perante o perigo do Nazismo.
1933 (58 anos) - Chegada ao poder de Adolf Hitler. Thomas Mann passa a viver no exílio, na Suíça.
1938 (63 anos) - Exílio de Thomas Mann nos Estados Unidos
1 de Setembro de 1939 (64 anos) - Tem início a Segunda Guerra Mundial
1940-1945 Thomas Mann grava para a BBC um programa de rádio regular ("Deutsche Hörer!"), retransmitido pela BBC na Alemanha, apelando aos alemães à razão. Os ouvintes alemães arriscavam a vida ao sintonizar estas emissões de rádio dos ingleses.
1949 (74 anos) - Viagem à Alemanha. Mann discursa em Frankfurt e em Weimar, na comemoração dos 200 anos de Goethe
1950 (75 anos) - Publicação de Dr. Faustus
1952 (77 anos) - Thomas Mann vai viver para a Suíça
12 de Agosto de 1955 (80 anos) - Falecimento de Thomas Mann
Sinclair Lewis (7 de Fevereiro, 1885 – 10 de Janeiro, 1951) foi um escritor americano. Em 1930 ganhou o Prémio Nobel da Literatura.
Erik Axel Karlfeldt (Karlbo, 20 de Julho de 1864 - Estocolmo, 8 de Abril de 1931) foi um poeta sueco, vencedor do prêmio Nobel de Literatura em 1931. Karlfeldt recusou o prêmio em 1918, considerando tal atribuição injusta por ser ele o secretário permanente da Academia Sueca.
Nasceu em Karlbo, na Decalária, localidade que lhe deu tanto o sobrenome "Karlfeldt" - usado em substituição ao do pai, que envolvera-se em atividades escusas - quanto a inspiração para sua poesia.
Ivan Alekseyevich Bunin (Ива́н Алексе́евич Бу́нин) (Voronezh, 22 de Outubro de 1870 – Paris, 8 de Novembro de 1953) foi um escritor russo, laureado com o Prémio Nobel da Literatura em 1933.
Luigi Pirandello (Agrigento, 28 de Junho 1867 — Roma, 10 de Dezembro 1936) foi um dramaturgo, poeta e romancista siciliano. Foi um grande renovador do teatro, com profundo sentido de humor e grande originalidade. Suas obras mais famosas são: Seis personagens à procura de um autor, Assim é, se lhe parece, Cada um a seu modo e os romances O falecido Matias Pascal, "Um, Nenhum e Cem Mil", etc. Recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1934. Coloca que o cômico nasce de uma percepção do contrário (no livro Do teatro ao teatro, e tem um capítulo que se chama O Humorismo). Mas essa percepção pode se transformar- num sentimento do contrário: é quando aquele que ri procura entender as razões da piada. Portanto não existe mais o distanciamento. Pirandello separa o cômico do humorístico, para passar da atitude cômica para a atitude humorística, é preciso renunciar ao distanciamento e à superioridade
sábado, 11 de outubro de 2008
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