Nu artístico é a designação dada à exposição do corpo de uma pessoa nua para fins artísticos. Somente nos últimos séculos a pintura e a fotografia de pessoas nuas se tornou mais comum do que a criação de esculturas com o mesmo tema.
É muito difícil encontrar trabalhos que consigam materializar a fantástica comunhão do Nu com a Arte. Dos clássicos mestres da história, poucos conseguiram superar este desafio. A beleza e sensualidade do nu, por muitas vezes confundida com o vulgar, é a própria essência da arte. O corpo humano é a fonte de quase todas as inspirações. A nudez é sempre inquietante, instigadora e bela. Por isso o artista, seja na pintura, escultura, na dança ou fotografia, encontra no corpo nu uma profunda ligação com a pureza do ser. É a sensualidade que move a criação em todos os sentidos. É a sensualidade que evoca o amor, a paixão e a criação do homem. Por isso a nudez nos toca tanto e tão profundamente. É o lúdico prazer de vivenciar a nossa própria encarnação.
O nu é uma forma de arte inventada pelos gregos no século V antes de Cristo (a.C.), “tal como a ópera foi criada pelos italianos”, escreveu o escritor e importante crítico de arte inglês Kenneth Clark no livro O Nu, de 1956. A conclusão, segundo ele, pode ser demasiado abrupta, mas tem o mérito de evidenciar que o nu não é apenas mais um assunto de obra de arte, mas sim forma. No período áureo da pintura, o nu inspirou as obras mais famosas e até mesmo quando deixou de ser tema obrigatório, manteve a sua posição como exercício académico e símbolo de maestria dos pintores. “Somente o nu sobreviveu”, escreveu Clark.
Sofreu transformações, é claro, mas continua sendo o elo fundamental que nos liga aos temas clássicos. Se não tem essa função, o nu na arte serve para mostrar as grandes rupturas, como a liderada por Auguste Rodin. Em idade avançada, já famoso, o artista pode dar-se ao luxo de quebrar as regras académicas, de poses paradas. Para espanto das pessoas, Rodin deixava suas modelos, muitas vezes dançarinas, se moverem a vontade e sem inibições pelo ateliê. As retratava com traços rápidos e leves. Despreocupado com exactidão ou volume, carregava os desenhos de uma força jocosamente erótica.
O estilo, provocador para época, influenciou os vienenses Gustav Klimt e seu discípulo Egon Schiele, que puxou do erotismo uma poderosa carga dramática. Pablo Picasso comprovou a perenidade do nu. O pintor espanhol poupou o nu às suas metamorfoses. Ele fez uma série de desenhos que se poderiam imaginar como figuras destacadas do reverso de um espelho grego.
“A arte nunca é casta, se deveria mantê-la longe de todos os cândidos ignorantes. Nunca se deveria deixar que gente impreparada se lhe aproximasse. Sim, a Arte é perigosa. Se é casta não é Arte.”(Pablo Picasso)
É muito difícil encontrar trabalhos que consigam materializar a fantástica comunhão do Nu com a Arte. Dos clássicos mestres da história, poucos conseguiram superar este desafio. A beleza e sensualidade do nu, por muitas vezes confundida com o vulgar, é a própria essência da arte. O corpo humano é a fonte de quase todas as inspirações. A nudez é sempre inquietante, instigadora e bela. Por isso o artista, seja na pintura, escultura, na dança ou fotografia, encontra no corpo nu uma profunda ligação com a pureza do ser. É a sensualidade que move a criação em todos os sentidos. É a sensualidade que evoca o amor, a paixão e a criação do homem. Por isso a nudez nos toca tanto e tão profundamente. É o lúdico prazer de vivenciar a nossa própria encarnação.
O nu é uma forma de arte inventada pelos gregos no século V antes de Cristo (a.C.), “tal como a ópera foi criada pelos italianos”, escreveu o escritor e importante crítico de arte inglês Kenneth Clark no livro O Nu, de 1956. A conclusão, segundo ele, pode ser demasiado abrupta, mas tem o mérito de evidenciar que o nu não é apenas mais um assunto de obra de arte, mas sim forma. No período áureo da pintura, o nu inspirou as obras mais famosas e até mesmo quando deixou de ser tema obrigatório, manteve a sua posição como exercício académico e símbolo de maestria dos pintores. “Somente o nu sobreviveu”, escreveu Clark.
Sofreu transformações, é claro, mas continua sendo o elo fundamental que nos liga aos temas clássicos. Se não tem essa função, o nu na arte serve para mostrar as grandes rupturas, como a liderada por Auguste Rodin. Em idade avançada, já famoso, o artista pode dar-se ao luxo de quebrar as regras académicas, de poses paradas. Para espanto das pessoas, Rodin deixava suas modelos, muitas vezes dançarinas, se moverem a vontade e sem inibições pelo ateliê. As retratava com traços rápidos e leves. Despreocupado com exactidão ou volume, carregava os desenhos de uma força jocosamente erótica.
O estilo, provocador para época, influenciou os vienenses Gustav Klimt e seu discípulo Egon Schiele, que puxou do erotismo uma poderosa carga dramática. Pablo Picasso comprovou a perenidade do nu. O pintor espanhol poupou o nu às suas metamorfoses. Ele fez uma série de desenhos que se poderiam imaginar como figuras destacadas do reverso de um espelho grego.
“A arte nunca é casta, se deveria mantê-la longe de todos os cândidos ignorantes. Nunca se deveria deixar que gente impreparada se lhe aproximasse. Sim, a Arte é perigosa. Se é casta não é Arte.”(Pablo Picasso)
De:Ludo Rex
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