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domingo, 28 de setembro de 2008

Saúde/psicologia

Doentes Mentais-São classificáveis,são parecidos uns com os outros dentro da mesma patologia.
As pessoas normais são diferentes umas das outras.
O doente mental perde a liberdade,não consegue ser de outra maneira senão daquela.
As pessoas normais conseguem comportar-se de diferentes maneiras,consoante o contexto onde vivem.
Uma pessoa normal não se consegue classificar,porque não há outra igual a ela.
Há recursos para fazer face a quase todas as doenças mentais,com o avanço dos neurolépticos,até para o maior problema que era a esquizofrenia,o mais dificil é obter a cumplicidade do doente no seu próprio tratamento,e levá-lo a evitar comportamentos que agravem a sua situação.
Há no meio professional obssessivos bem compensados.
O normal é a inconsciência,devemos reflectir no que vamos fazendo,A consciencialização dos próprios comportamentos,ainda é mais dificil nos doentes mentais,que usam estratégias para negar,esquecer ou justificar,os próprios comportamentos e atitudes,que todos observam neles,menos eles próprios.
Nas terapias paradoxais dá resultado por exemplo,pede-se ao elemento que não bebe em excesso,para acompanhar o outro e beber ainda mais,em vez de o controlar.
A presença de um elemento doente na familia,faz com que esta seja mais coesa,pois toda a familia funciona á volta desta pessoa.
Pode haver desorganização da familia,depois do desenvolvimento e tratamento do doente.
O doente mental,adquire algum poder em função da sua doença,conseguindo manter toda a familia presa a si.
Somos pouco conscientes no que diz respeito ao nosso próprio comportamento.
Ao vermos-nos numa gravação de video,temos uma sensação extranha,porque não estamos conscientes da nossa postura,naturalmente não nos identificamos com o que vemos.
Os outros vêem-nos e ouvem-nos no quotidiano,como aparecemos no filme.fazemos coisas notáveis de forma automatizada,como quem tem a capacidade de falar muito bem de improviso,existiu um trabalho de aprendizagem prévio,mas no momento de actuar,não existe clara consciência do que se faz.
O confronto face a face pode afastar os interlocutores,por isso são necessários outras estratégias,não devemos dizer as coisas directamente,o que achamos que está mal no outro,se queremos corrigir,a pessoa vai dizer que não e só se lembrar das suas próprias palavras.
Muitas vezes o estilo de vida é uma carreira para a insanidade.
Há doentes inteligentes que dominam o psiquiatra,são pessoas com uma intuição notável,os doentes são especialistas na situação que os envolve,uns pesquisam na net,lêem livros,questionam os medicamentos,o diagnóstico,a terapia,lêem os efeitos secundários nas bulas.
A psiquiatria têm poder,alguns manipulam a familia,e outras pessoas,os doentes mentais não são burros e os psiquiatras não devem substimar a sua inteligência.
os hipocondriacos devem aceitar que o seu problema é mental e não fisico.
è uma atitude saudavél,reconhecer as nossas pequenas loucuras.
Chegam pessoas com problemas judiciais ou sociais,que vivem situações que originam mau estar,problemas relacionais,muitos lidam com estes problemas,não obtêm resposta em tempo útil,o que as leva a instabilidade pessoal e emocional.
Deviam estar á disposição mais assistentes sociais e advogados,é psicólogos.
Para os psiquiatras o meio mais fácil é prescrever.Abusa-se da prescrição,ás vezes as pessoas apenas querem ser ouvidas,e têm que se perceber o que está atráz.Não se deve resolver tudo com medicamentos.
As pessoas têm responsabilidade,dar responsabilidade é dar dignidade,As pessoas devem controlar os comportamentos de risco.Não há uma pilula milagrosa da felicidade.
Cinco ou dez minutos de consulta,é uma má consulta.
Resolver tudo com medicação é uma negação da tradição psiquiátrica.
Todos somos um pouco fóbicos,perante a desgraça,paranóicos perante uma luta dificil,obsessivos quando avaliamos uma situação.
Os problemas das pessoas poderão ser resolvidos, alterarando a postura,atitude e comportamento,perante si e os outros.

Pio Abreu
Psiquiatra em Coimbra e Prof.


"Sempre trabalhei lentamente,com dificuldade,até na juventude"
"Tinha boas notas,mas trabalhava muito,queria ser a melhor,não suportava não ser a melhor"
Nathalie Serrault (escritora)


Aprendeu desde cedo a desprender-se das pessoas,em criança mudou várias vezes de escola,e de casa."O que mudava na minha infancia,Gostava que alguém me tivesse dito,que não era eu que estava louca"Passado caótico e instávél,virou-se para o alcóol e as drogas.Os actores de televisão têm que ter um aspecto fantástico e trabalhar muito depressa."O seu radar estava alerta para agarrar as melhores oportunidades"Sempre quiz mais,mais dinheiro,mais apoio técnico.È especialista em provocar reacções,"Andam sempre á procura de deitar as pessoas abaixo".Ia com um séquito atráz,cabeleireiros etc.Não podemos voltar á infancia e corrijir coisas que não correram bem,cresceu sem uma vida familiar,sem estabilidade,e queria dar isso aos filhos e a ela própria,afastou-se.Sempre andou á procura de respostas, de como viver a vida.São disfuncionalmente,funcionais."Quando estamos convictos do que queremos alcançar,não há nada que possa travar-nos".

Demi Moore (actriz EUA)

Viram muito,aprenderam muito,sofreram muito.
Aprende-se fazendo,,,
A ciencia ensina-nos que o nosso senso comum,em grande parte dos casos está errado.
Gosto da palavra Borboleta pela sonoridade,e pelo significado clareza,é a que melhor consente a construção de pontes

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